Notícia
Lítio: Governo quer alterar licenças para impulsionar indústria
O Governo está a preparar um plano para a extracção do lítio, mineral usado nas baterias dos carros eléctricos, que prevê a criação de uma indústria associada à sua exploração, anunciou hoje o ministro da Economia.
13 de Setembro de 2017 às 15:30
Intervindo numa audição da comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas, na Assembleia da República, o governante indicou que o Executivo está a "trabalhar num plano para o lítio", que inclui "uma maior responsabilização, [...] para que as concessões sejam integradas em projectos em que não haja apenas extracção do minério, mas que criem valor acrescentado na cadeia industrial que se segue à sua extracção".
"O que estamos a fazer é a olhar para este recurso como um recurso importante e queremos alterar a forma como são dadas as concessões nesta área", salientou o ministro, que falava em resposta a uma questão levantada pelo deputado bloquista Jorge Costa.
Também presente, o secretário de Estado da Energia, Jorge Seguro Sanches, acrescentou que o objectivo do Governo é "criar riqueza, [...] mas fazê-lo com o melhor interesse para o Estado".
As declarações surgem meses depois de o grupo de trabalho do lítio, constituído em Dezembro para avaliar a possibilidade de produção em Portugal, ter proposto ao Governo um programa de fomento mineiro que teste tecnologia e demonstre o potencial industrial deste metal, financiado por programas financeiros.
Num relatório datado de final de Março passado, a que a Lusa teve acesso, o grupo de trabalho defendia - além da avaliação dos recursos minerais litiníferos do país - a implementação de uma unidade experimental minero-metalúrgica com o objectivo de desenvolver conhecimento e testar tecnologias para toda a cadeia de valorização destes recursos, que deverão ter um aumento "exponencial" com o crescimento da mobilidade eléctrica.
O grupo sugeria também a constituição de uma unidade piloto de demonstração industrial, isto é, para perceber a viabilidade económica da cadeia de valor e não se limitar à prospecção e exploração de lítio, mas à sua utilização, o que, se os resultados económicos forem promissores, "evoluirá para uma fase de investimento industrial".
Dada "a falta de programas financeiros específicos", era proposto ao Governo o acolhimento de candidaturas de criação das duas unidades a co-financiamentos disponíveis - COMPETE (ou outro no âmbito do Programa 2020) ou outros programas.
O documento destacava ainda que, nos últimos dois anos, os preços do lítio no mercado internacional têm subido, existindo previsões de "a breve prazo, se verificar um exponencial aumento de automóveis eléctricos, o que faz prever uma elevada procura de lítio a nível mundial".
Em 2016, deram entrada na Direcção Geral de Energia e Geologia (DGEG) 30 pedidos de direitos de prospecção e pesquisa de lítio, como substância mineral principal, correspondendo a um investimento proposto global de cerca de 3,8 milhões de euros, precisa para atestar o crescente interesse de empresas estrangeiras por este metal.
Actualmente, os minerais de lítio extraídos em Portugal destinam-se em exclusivo à indústria cerâmica, limitando-se a sua utilização como fundente, pretendendo-se a valorização deste recurso mineral.
"O que estamos a fazer é a olhar para este recurso como um recurso importante e queremos alterar a forma como são dadas as concessões nesta área", salientou o ministro, que falava em resposta a uma questão levantada pelo deputado bloquista Jorge Costa.
As declarações surgem meses depois de o grupo de trabalho do lítio, constituído em Dezembro para avaliar a possibilidade de produção em Portugal, ter proposto ao Governo um programa de fomento mineiro que teste tecnologia e demonstre o potencial industrial deste metal, financiado por programas financeiros.
Num relatório datado de final de Março passado, a que a Lusa teve acesso, o grupo de trabalho defendia - além da avaliação dos recursos minerais litiníferos do país - a implementação de uma unidade experimental minero-metalúrgica com o objectivo de desenvolver conhecimento e testar tecnologias para toda a cadeia de valorização destes recursos, que deverão ter um aumento "exponencial" com o crescimento da mobilidade eléctrica.
O grupo sugeria também a constituição de uma unidade piloto de demonstração industrial, isto é, para perceber a viabilidade económica da cadeia de valor e não se limitar à prospecção e exploração de lítio, mas à sua utilização, o que, se os resultados económicos forem promissores, "evoluirá para uma fase de investimento industrial".
Dada "a falta de programas financeiros específicos", era proposto ao Governo o acolhimento de candidaturas de criação das duas unidades a co-financiamentos disponíveis - COMPETE (ou outro no âmbito do Programa 2020) ou outros programas.
O documento destacava ainda que, nos últimos dois anos, os preços do lítio no mercado internacional têm subido, existindo previsões de "a breve prazo, se verificar um exponencial aumento de automóveis eléctricos, o que faz prever uma elevada procura de lítio a nível mundial".
Em 2016, deram entrada na Direcção Geral de Energia e Geologia (DGEG) 30 pedidos de direitos de prospecção e pesquisa de lítio, como substância mineral principal, correspondendo a um investimento proposto global de cerca de 3,8 milhões de euros, precisa para atestar o crescente interesse de empresas estrangeiras por este metal.
Actualmente, os minerais de lítio extraídos em Portugal destinam-se em exclusivo à indústria cerâmica, limitando-se a sua utilização como fundente, pretendendo-se a valorização deste recurso mineral.