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Bolsa grega em queda e juros em alta à espera do Eurogrupo

O principal índice da praça grega recua mais de 4,5%, pressionado pelos títulos da banca. E os juros da dívida pública estão a subir no mercado secundário. Hoje tem lugar um encontro do Eurogrupo para debater a situação da Grécia.

Reuters
16 de Fevereiro de 2015 às 10:27
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O principal índice da praça grega está, esta segunda-feira, 16 de Fevereiro, de regresso às quedas, recuando 4,71%. Nas duas últimas sessões da semana passada, o principal índice helénico encerrou em forte alta.

 

Esta segunda-feira, os principais bancos gregos são os títulos que mais pressionam o principal índice da praça grega. Por esta altura, o Piraeus Bank cai 8,89% tendo já recuado 9,17% durante esta manhã. O Eurobank Ergasias recua 8,24% porém já caiu 9,34%. O Alpha Bank desce 8,61% mas já perdeu 9,37%. E o National Bank of Greece desliza 8,76%, a queda mais acentuada esta manhã.

 

Por outro lado, os juros da dívida pública grega no mercado secundário estão a subir na generalidade dos prazos. A três anos a "yields" soma 118 pontos base para 17,032% e a cinco anos avança 72,8 pontos base para 14,085% de acordo com as taxas genéricas da Bloomberg. A dez anos, os juros sobem 19,3 pontos base para 9,453%.

 

Esta evolução tem lugar num dia em que se realiza o encontro dos ministros das Finanças da Zona Euro (Eurogrupo) e a situação grega vai estar em cima da mesa. Yannis Varoufakis, ministro das Finanças grego, vai estar pela segunda vez em menos de uma semana perante os seus homólogos europeus para tentar alcançar um acordo.

 

A divergência central que tem afastado a Grécia dos restantes parceiros está nos contornos do financiamento do país nos próximos meses, que todos aceitam como necessário. A Europa exige uma extensão do actual programa de assistência, coisa que os gregos recusam liminarmente, propondo em contrapartida o que chamam de empréstimo-ponte, que lhes permitisse sobreviver até Setembro, altura em que seria assinado um acordo mais duradouro.

 

As negociações ao nível técnico arrancaram na passada sexta-feira, 13 de Fevereiro, e prolongou-se durante o fim-de-semana. Wolfgang Schäuble, em entrevista à rádio alemã Deutschlandradio citada pela Bloomberg, revelou estar "céptico" em relação à possibilidade que um acordo, que coloque um ponto final no impasse sobre a situação grega, seja alcançado esta segunda-feira. "Do que ouvi sobre as discussões técnicas no fim-de-semana, estou muito céptico", afirmou acrescentando que "vou receber o relatório hoje e depois vemos".

 

Já o ministro das Finanças francês tem uma visão oposta. Michel Sapin considera que é possível alcançar-se um acordo com a Grécia esta segunda-feira. E defende que Atenas precisa de cumprir os compromissos já assumidos, ao mesmo tempo que a Europa precisa de reflectir nas suas decisões os resultados políticos obtidos na Grécia.

 

O Governo de Atenas mostrou-se este domingo, 15 de Fevereiro, optimista em relação à obtenção de um acordo. "Espero que as negociações sejam difíceis mas estou totalmente confiante", afirmou Alexis Tsipras, primeiro-ministro, numa entrevista à publicação germânica Stern, citada pela Reuters. "Prometo-vos: a Grécia irá ser, em seis meses, um país completamente diferente", acrescentou.

 

O chefe de Governo reiterou nesta entrevista que Atenas precisa de tempo para implementar reformas e deixar para trás a má gestão do passado.

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