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Bolsa continua a subir mais de 2% em dia de ganhos na banca e PT

A praça de Lisboa mantém o desempenho positivo que regista desde o início da sessão, suportada pelos ganhos dos títulos do sector financeiro e da Portugal Telecom (PT).

Bloomberg
16 de Julho de 2014 às 12:35
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O mercado accionista nacional regista a valorização mais expressiva entre os principais índices do Velho Continente. O PSI-20 soma 2,75% para 6.280,03 pontos, com 17 cotadas no verde, duas em alta e uma inalterada. O índice português esteve já a valorizar mais de 3%.

 

Na Europa, a tónica de ganhos é motivada pelos indicadores económicos publicados na China e que ficaram acima do esperado e também pela recuperação das acções dos bancos portugueses. Por cá, as cotadas da banca são aquelas que mais contribuem para a recuperação da bolsa que, esta terça-feira, caiu mais de 1%.

 

O Banco Espírito Santo (BES) lidera os ganhos, ao avançar 17,37% para 0,446 euros, tendo já chegado a apreciar 20,53%. O banco completou, esta terça-feira, sete sessões consecutivas no vermelho e tocou em mínimos históricos. Até ao momento foram negociadas 73,96 milhões de acções, o que compara com os 31 milhões de títulos que, em média, trocaram de mãos diariamente nos últimos seis meses.

 

Este desempenho regista-se um dia depois de Carlos Costa, governador do Banco de Portugal, ter dito, em declarações à TVI, que o BES está capitalizado, mas que se for necessário há accionistas interessados em participar num aumento de capital.

 

"Se algum capital adicional fosse necessário, por força de riscos que neste momento não estamos a ver, seguramente que há accionistas interessados em participar num aumento de capital do BES", afirmou o governador do Banco de Portugal.

 

Por outro lado, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) estendeu a proibição de "short selling" (posições a descoberto) com acções do banco liderado por Vitor Bento à sessão desta quarta-feira.

 

Os restantes títulos do sector financeiro estão a ser contagiados por este desempenho. O BPI sobe 4,73% para 1,44 euros, enquanto o Banif valoriza 3,37% para os 0,092 euros. Já o Banco Comercial Português (BCP) avança 7,20% para os 0,1072 euros.

 

O presidente executivo do banco, Nuno Amado, está "optimista" quanto ao aumento de capital do banco, afirmando que a evolução dos preços e da procura são indícios de que a operação vai ter um sucesso muito importante, segundo a Lusa. 

 

Em destaque pela positiva estão também as acções da Portugal Telecom que, nas últimas sete sessões, valorizaram apenas por uma vez. A operadora soma 4,32% para os 1,909 euros, depois de ter chegado a disparar mais de 8%. A justificar o comportamento da operadora está o comunicado, publicado antes do início da sessão, em que a operadora reafirma a fusão com a Oi após a Rioforte falhar o reeembolso do montante investido pela PT em papel comercial.

 

Antes da abertura da sessão, em comunicado enviado à CMVM, a operadora confirmou que a Rioforte, empresa do Grupo Espírito Santo (GES), não pagou os 847 milhões de euros, de um total de 897 milhões de euros, de papel comercial detido pela operadora e cuja maturidade foi atingida esta terça-feira, 15 de Julho.  

 

A PT explicou que vai receber da Oi a dívida que a Rioforte não pagou em contrapartida por acções da empresa brasileira. A operadora portuguesa ficará 25,6% da nova Oi, e com o direito de compra dos títulos que agora serão "trocados" por dívida da Rioforte. As duas empresas comprometem-se a "desenvolver contra a Rioforte e partes relevantes relacionadas as vias legais e procedimentais ao seu dispor com vista a obter o reembolso da dívida da Rioforte."

 

A Oi esclareceu ainda que a PT tem sete dias para receber o dinheiro da Rioforte.

 

Ainda nas telecomunicações, a Nos valoriza 0,51% para 4,553 euros.

 

Entre os restantes pesos-pesados da bolsa, as cotadas do sector da energia também contribuem para os ganhos. A EDP Renováveis avança 0,42% para os 5,22 euros, enquanto a EDP valoriza 1,48% para os 3,42 euros, no dia em que o Expansión avança que a empresa portuguesa poderá estar entre os cinco interessados em comprar o negócio da E.ON em Espanha.

 

Já a Galp Energia valoriza 1,73% para os 12,96 euros, num dia em que os preços do petróleo seguem a negociar em alta nos mercados internacionais. A Redes Energéticas Nacionais (REN) sobe 0,90% para os 2,573 euros.

 

No sector do retalho, a Jerónimo Martins avança 1,45% para os 11,545 euros, enquanto a Sonae SGPS aprecia 3,45% para os 1,14 euros.

 

Nota ainda para a Portucel que valoriza 1,30% para os 3,419 euros. A empresa apresenta, na segunda-feira, os resultados relativos ao primeiro semestre.

 

Em queda continuam as acções da Mota-Engil que recua 0,45% para os 4,655 euros, mas esteve já a ceder mais de 3%. A construtora está em queda há nove sessões consecutivas, um desempenho que foi prolongado na semana passada depois de ter decidido adiar a colocação em bolsa da sua participada africana devido à "deterioração das condições de mercado".

 

Estava previsto que a Mota-Engil África começasse a negociar na bolsa de Londres esta quarta-feira, 16 de Julho.

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