Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Mais uma gestora de fundos americana entra no capital da Oi

A Marathon Asset Management passou a deter 9,2% do capital da Oi, empresa brasileira em recuperação judicial. A empresa assegura que não tem qualquer acordo relativo a direitos de voto.

12 de Julho de 2016 às 23:20
  • 1
  • ...

Mais um dia passou e mais uma gestora de fundos norte-americana passou a ser accionista da brasileira Oi. Desta vez, é a Marathon Asset Management, com sede em Nova Iorque.

 

A empresa, que se centra na análise de crédito e que responde perante investidores, tem 9,2% do total de acções preferenciais da Oi, de que a portuguesa Pharol (antiga PT SGPS) é a principal accionista, segundo o comunicado emitido no site do regulador brasileiro do mercado de capitais, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

 

No comunicado, a Marathon deixa claro que "não tem a intenção de alterar ou afectar a composição do controlo ou alterar a administração da companhia; (ii) não possui outros valores mobiliários ou derivativos referenciados em acções da companhia; e (iii) não é parte de qualquer acordo que regule o exercício de direito a voto ou a compra e venda de acções de emissão da companhia".

 

O esclarecimento é feito num momento em que a Oi está em recuperação judicial de forma a evitar a insolvência, um pedido que será discutido pelos accionistas em assembleia-geral a 22 de Julho.

 

A aquisição de participação de acções preferenciais da Marathon, que ocorreu num dia e a um preço não identificados no comunicado, segue-se a uma outra compra revelada um dia antes pela PointState, que detém 5,16% das acções ordinárias da Oi (o capital da empresa é representado por títulos preferenciais e ordinários). O Morgan Stanley e a BlackRock também estão no capital da empresa, segundo recentes comunicados à CVM.

 

De acordo com o site, a Bratel, detida integralmente pela portuguesa Pharol, é a principal accionista da Oi, com 22,24% do capital da Oi (na soma entre acções preferenciais e ordinárias). Outro dos grandes accionistas da empresa, para além do Banco de Desenvolvimento do Brasil (BNDES), é a Bridge Administradora de Recursos, com 5,92% do capital.  

 

Fundo pede saída da administração

 

É a gestora Bridge Administradora de Recursos que representa a Societé Mondiale Fundo de Investimento em Acções, o accionista da Oi que pediu na semana passada uma assembleia-geral extraordinária onde quer aprovar a destituição dos administradores da empresa brasileira ligados a Portugal: Rafael Mora, Nuno Vasconcellos, Palha da Silva, Pedro Morais Leitão, João Vicente Ribeiro, João Castro, Pedro Guterres, Maria do Rosário Pinto Correia e André Navarro.

O fundo pede administradores "pessoas altamente capacitadas, de reputação ilibada" e até avança com nomes para substituir. Do conselho de administração da Oi, apenas três não são visados neste requerimento.


A Pharol já respondeu publicamente a este pedido de assembleia-geral, que será decidido em conselho de administração, alertando os restantes membros do conselho não visados pelo pedido para investidores que só querem "retorno oportunístico".

A Pharol é a antiga PT SGPS, esvaziada dos seus activos operacionais, que ficou com a posição na Oi na sequência do falhanço da combinação de negócios entre as duas operadoras, devido ao investimento feito pela empresa portuguesa no Grupo Espírito Santo. Uma combinação que está a ser investigada em dois inquéritos diferentes pelo regulador brasileiro.

 

Ver comentários
Saber mais Marathon Asset Management Pharol PT SGPS Morgan Stanley Brasil BlackRock Bridge Administradora de Recursos Rafael Mora Nuno Vasconcellos Palha da Silva Pedro Morais Leitão Oi
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio