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Jerónimo Martins quer “ver para crer” na entrada da Mercadona no país

O grupo de distribuição alimentar português, que detém a cadeia de supermercados Pingo Doce, recorda que já houve mercados que os espanhóis anunciaram e depois desistiram de entrar.

Miguel Baltazar/Negócios
23 de Fevereiro de 2017 às 14:23
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Não é uma questão de dúvida, mas será de ter certezas. Pedro Soares dos Santos, presidente e administrador delegado do grupo Jerónimo Martins, que em 2016 facturou 3.558 milhões de euros nos 413 supermercados Pingo Doce que detém no país, quer "ver para crer" na entrada da companhia Mercadona em Portugal.


O grupo espanhol Mercadona, com sede em Valência, anunciou formalmente em Junho de 2016 que iria investir 25 milhões de euros para entrar em Portugal – criando 200 postos de trabalho – e abrindo as quatro primeiras lojas no país em 2019. Em Janeiro deste ano, anunciou ainda que a primeira localização da marca será em Vila Nova de Gaia.


Questionado esta quinta-feira, 23 de Fevereiro, sobre se antecipava nos próximos dois anos maior pressão no mercado português com a entrada da Mercadona (dona de 1.574 lojas em Espanha) no país, Pedro Soares dos Santos respondeu: "quando eles vierem logo vejo. Até lá ainda muita água há de passar por debaixo da ponte". E a pressão, possivelmente, recairia mais sobre os recém-chegados. "Se calhar, eles vão sentir mais [pressão]", afirmou.


Em conferência de imprensa realizada esta quinta-feira para detalhar os resultados de 2016 e as perspectivas para 2017, o presidente e administrador-delegado da JM SGPS foi mais longe: "primeiro tenho que ter a certeza que eles vão entrar. Pode não acontecer, se eles fizerem o que fizerem em Itália e em França" em que também chegaram a fazer anúncios de investimento. Mais, frisou, "em Itália chegaram a ter 150 pessoas a trabalhar".


Tem o líder da JM dúvidas que a Mercadona acabe mesmo por entrar em Portugal? "Eu não tenho dúvidas. Ver para crer, como São Tomé", respondeu Pedro Soares dos Santos sem fazer mais comentários sobre o assunto.


O anúncio de investimento feito pela Mercadona, em Junho de 2016, não foi a primeira vez que o grupo liderado por Juan Roig colocou Portugal no seu mapa de expansão. Em 2012 já o tinha feito como hipótese, e em 2003 o próprio presidente do grupo valenciano admitiu que tinha sido travada a intenção de avançar para Portugal.


O grupo começou já a recrutar pessoal no mercado português, tendo recebido, até Julho passado, 5.000 candidaturas para os primeiros 120 postos de trabalho.

 

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