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Lucros da Jerónimo Martins sobem 78% para 593 milhões

O maior grupo de distribuição português, dono do Pingo Doce, Biedronka e Ara, obteve receitas consolidadas de 14,16 mil milhões de euros, um crescimento de 6,5%.

22 de Fevereiro de 2017 às 18:12
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A Jerónimo Martins SGPS obteve, no exercício de 2016, um resultado líquido, após interesses minoritários, de 593 milhões de euros, um crescimento de 78% face ao ano de 2015, anunciou esta quarta-feira, 22 de Fevereiro, em comunicado ao mercado.

Os resultados foram positivamente impactados pela venda da divisão industrial, de representação de marcas e de alguns serviços, agregados na sociedade Monterroio BV, que foi vendida (a 100%) pela JM SGPS aos seus accionistas de controlo, Sociedade Francisco Manuel dos Santos, por 310 milhões de euros. Excluindo o efeito desta venda, os resultados líquidos foram de 361 milhões de euros, mais 14,5% do que em 2015.

Na altura da concretização da venda, em Setembro de 2016, o grupo anunciou que a operação iria gerar uma mais-valia de 75 milhões de euros. Valor que agora é revisto, em alta. Houve uma "mais-valia de 221 milhões de euros relativa à venda da Monterroio", afirma a gestão no comunicado emitido esta quarta-feira.

No mesmo período em análise, o EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização) aumentou 7,8%, para 862 milhões de euros. O EBIT cresceu 12,4%, para 568 milhões e os resultados antes de impostos foram de 744 milhões, uma progressão de 56,7% face ao exercício de 2015.

O "cash flow" gerado foi de 718 milhões de euros no ano passado, o que traduz "para além do encaixe resultante da alienação da Monterroio, o forte desempenho de vendas com rigorosa disciplina operacional e a rigorosa gestão de capital circulante", justifica a gestão. Incluindo "o encaixe com a alienação da Monterroio", o "cash flow" gerado representa um aumento de 48,96% face aos 482 milhões de 2015.

As vendas consolidadas foram de 14.622 milhões de euros, mais 6,5% (ou 9,8% à taxa de câmbio constante).

Biedronka vende 9,7 mil milhões de euros

Com 2.722 unidades, a rede polaca da Biedronka realizou 66,9% das vendas consolidadas pelo grupo – equivalentes a 9.781 milhões de euros, mais 6,3% do que no ano anterior. Na moeda polaca, o crescimento foi de 10,8%.

A Biedonka obteve uma margem EBITDA de 7,2% em 2016, o que compara com 7% em 2015. O EBITDA da Biedronka aumentou 10,3%, para 707 milhões de euros.

Fora do retalho alimentar, a JM foi ainda buscar mais 122 milhões de euros ao mercado polaco em vendas, mas desta feita através da rede de para-farmácias Hebe, que registou uma melhoria de 22,2% face a 2015. São agora 153 unidades desta insígnia (mais 19 do que em 2015).


Em Portugal, as vendas dos 413 super e hipermercados da rede Pingo Doce totalizaram 3.558 milhões de euros, mais 4,4% face a 2015 (ou 4,7% excluindo o combustível). A cadeia, detida em 51% pela JM SGPS e em 49% pelo recém-criado grupo Ahold Delhaize, foi responsável por 24,3% das vendas do grupo de distribuição português.

Também em Portugal, mas na área de comércio grossista, a cadeia Recheio registou nas suas 42 unidades uma progressão de 5,9% das vendas em 2016, para 878 milhões de euros (equivalente a 6% do total consolidado pelo grupo).

Na Colômbia, a Ara quase duplicou de tamanho em termos de vendas: cresceu 92,5% em euros (ou 110,2% em pesos colombianos), para 236 milhões de euros (ou 1,6% das vendas consolidadas pelo grupo). A Ara tem agora mais 221 unidades (com 79 aberturas em 2016).

 
(Notícia actualizada às 19:30 com informação adicional)
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