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Mercadona "devolve" estádio ao Canidelo de Gaia

A cadeia espanhola, que já começou a contratar em Portugal, vai construir um dos primeiros quatro supermercados nas antigas instalações do clube nortenho. O novo campo fica nas imediações da loja que abre em 2019.

O novo campo do Sport Clube de Canidelo, em Gaia, triplicou a capacidade para 800 espectadores. Direitos Reservados
02 de Fevereiro de 2018 às 11:34
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"Desalojado" pela Mercadona depois de a cadeia de retalho ter comprado o terreno onde se situavam as suas instalações desportivas, em Vila Nova de Gaia, o Sport Clube de Canidelo volta a ter um campo de jogos e de treino nas imediações das antigas infra-estruturas, numa obra feita pela empresa espanhola em colaboração da autarquia liderada por Eduardo Vítor Rodrigues.

 

O novo estádio Manoel Marques Gomes, inaugurado esta quinta-feira, 1 de Fevereiro, triplicou a capacidade para cerca de 800 espectadores. Ali ao lado, onde o clube gaiense viveu tardes desportivas de glória, vai ser construído um dos quatro primeiros supermercados do grupo de distribuição em Portugal – terá outro no mesmo concelho e dois em Matosinhos e Gondomar –, todos com abertura prevista em 2019.

 

O terreno onde vai nascer esta loja com uma área de vendas de 1.800 metros quadrados (além de um armazém, uma zona de formação e um parque de estacionamento com 180 lugares) pertencia à família Marques Gomes, que tem o nome associado a várias ruas e edifícios de Gaia. No processo de aquisição, a Mercadona comprometeu-se a fazer um novo campo, numa localização próxima, para a agremiação que jogava naquele espaço doado pela família.

 

A empresa que lidera o mercado de distribuição e de venda de produtos alimentares no país vizinho sustenta, em comunicado de imprensa, que "viu a oportunidade de conjugar a construção de um dos supermercados no Grande Porto com a vontade de implementar a sua política de Responsabilidade Social Empresarial em Portugal". Estas instalações desportivas construídas de raiz, que serão utilizadas por cerca de 250 jovens da freguesia, são apresentadas em vídeo promocional como "um projecto social".

 

 

A Mercadona anunciou em Junho de 2016 a decisão de arrancar o plano de internacionalização com a entrada no mercado português, estimando um investimento de 25 milhões de euros e a criação de 200 postos de trabalho nesta primeira fase de expansão. Com escritórios no Porto, onde está a sede da sociedade Irmãdona Supermercados S.A., já contratou 120 profissionais para postos de direcção intermédia em Portugal e na semana passada começou também a recrutar 60 operadores para os quatros supermercados na Zona Norte.

 

Segundo as ofertas consultadas pelo Negócios, a retalhista com sede em Valência oferece uma retribuição mensal de 897,10 euros brutos (incluídos duodécimos de subsídio de férias e Natal), subsídio de alimentação de seis euros brutos por dia trabalhado e a promessa de "promoção interna". Exige a escolaridade mínima obrigatória, disponibilidade para trabalhar 40 horas semanais e "uma forte orientação para o atendimento ao cliente" nas várias áreas e secções das lojas: frutaria, peixaria, talho, charcutaria, pastelaria e padaria, perfumaria, caixas, reposição, limpeza, serviço ao domicílio e manutenção.

 

Os autarcas Eduardo Vítor Rodrigues, Guilherme Aguiar e Maria José Gamboa pisaram o relvado ao lado de Elena Aldana, directora de Relações Externas da Mercadona em Portugal.
Os autarcas Eduardo Vítor Rodrigues, Guilherme Aguiar e Maria José Gamboa pisaram o relvado ao lado de Elena Aldana, directora de Relações Externas da Mercadona em Portugal. Direitos Reservados

 

Já em funcionamento está o Centro de Coinovação, construído na Avenida Menéres, em Matosinhos, onde o grupo liderado por Juan Roig Alfonso está a definir e testar a gama de produtos, com o objectivo de "adaptar a sua oferta aos hábitos e preferências do consumidor português e desenvolver produtos inovadores".

 

Assentando o negócio nas chamadas lojas de proximidade, a retalhista vai também montar um centro logístico no Parque Industrial de Laúndos, no concelho da Póvoa de Varzim. Esta unidade com mais de 17 mil metros quadrados deverá estar pronta em Janeiro de 2019, de acordo com as previsões da empresa que entra para desafiar a liderança de mercado da Sonae e da Jerónimo Martins (JM).

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