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Vítor Bento: "Governo não mostrou disponibilidade para a capitalização pública do BES"

A ministra das Finanças "não mostrou disponibilidade para fazer uma declaração" garantindo que o Estado estaria disponível para apoiar o banco. "Não me parece que houvesse disponibilidade para o envolvimento de fundos públicos na capitalização", afirmou Vítor Bento.

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02 de Dezembro de 2014 às 10:45
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Foi esta a ideia com que Vítor Bento ficou depois de ter falado com a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, na sequência da divulgação das contas semestrais do BES, a 30 de Julho (que revelaram um prejuízo de cerca de 3,6 mil milhões de euros).

 

Nessa altura, o presidente do BES queria assegurar junto do Governo que este garantisse que, se nenhuma outra solução funcionasse, "o Estado funcionaria como 'back stop' [apoio] se os privados faltassem" e que estaria disponível para fazer essa afirmação pública.

 

Vítor Bento está a ser ouvido esta terça-feira, 2 de Dezembro, na Comissão de Inquérito à gestão do BES e do GES. Na intervenção inicial, o antigo presidente do BES e do Novo Banco garantiu que só aceitou ficar no banco de transição para evitar que a instituição não abrisse portas a 4 de Agosto. "A estabilidade financeira ficaria posta em causa", defendeu.

 

"Tivemos a noção de que fossem quais fossem as circunstâncias não poderíamos recusar ficar", após a resolução. "Pois caso contrário o banco não abriria portas e a estabilidade financeira ficaria posta em causa", afirmou o economista na apresentação inicial aos deputados.

 

Vítor Bento explicou que, no momento da resolução, o próprio, o vice-presidente José Honório e o administrador financeiro João Moreira Rato, quiseram sair da instituição. Mas acabaram por ficar.

 

"Achei que a resolução era uma capitalização pública intermediada pelo fundo de resolução e que seria possível procurar uma base de capital estável para o banco. No dia seguinte soubemos pelos advogados que não era assim. Face a esta informação, comunicámos a 2 de Agosto que não estávamos disponíveis para ficar", recordou.

 

Vítor Bento explicou que face à insistência do governador do Banco de Portugal, os três gestores aceitaram ficar desde que fosse feita uma alteração à lei da resolução que permitisse mais tempo para a venda do Novo Banco e contemplasse a dispersão em bolsa da instituição.

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