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"Salários da gestão da Caixa serão alinhados com os dos outros bancos"

A nova gestão da CGD vai ter salários "alinhados com a realidade dos outros bancos", revelou Mário Centeno aos jornalistas. O ministro justifica assim a decisão de retirar a Caixa dos tectos salariais previstos no Estatuto do Gestor Público, aprovada esta quarta-feira em Conselho de Ministros.

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09 de Junho de 2016 às 13:22
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As remunerações da nova gestão da Caixa Geral de Depósitos, que será liderada por António Domingues, vão ser fixadas por uma comissão de remunerações, cuja "decisão alinhará os salários da CGD com o que é a realidade dos outros bancos", garantiu o Ministro das Finanças em declarações aos jornalistas esta quinta-feira.

Mário Centeno justificou assim a decisão, aprovada esta quarta-feira em Conselho de Ministros, de retirar a CGD dos tectos salariais impostos pelo Estatuto do Gestor Público (EGP). Aliás, como sublinhou o ministro, na Caixa, actualmente "como a administração da CGD tem uma remuneração equivalente ao rendimento médio dos últimos três anos [regime de excepção previsto no EGP], os salários não têm limite".

Ao retirar a CGD dos limites do EGP, garante-se que "os gestores da Caixa são remunerados pelo que fazem na Caixa e não pelo que fizeram antes" de entrarem no banco do Estado, defendeu Centeno.

Além disso, com o regime em vigor até aqui, "o presidente da CGD pode ter uma remuneração inferior à dos vogais", criticou o ministro, considerando que estavam em causa "esquemas de incentivos perversos".

Centeno justificou ainda a mudança do modelo de fixação dos salários da gestão da Caixa "com a opinião dos reguladores", que consideram que a CGD "tem de ser um agente activo, competitivo e concorrencial" do mercado bancário português.

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Administração cresce para controlar gestão

 

Quanto ao aumento do número de elementos do conselho de administração do banco público para 19 membros, o ministro garante que "é o que é necessário para poderem funcionar as comissões de controlo" da gestão, como os comités de risco, estratégia, auditoria e nomeações.

 

"A dimensão da administração da CGD, com 7 membros executivos e 12 não executivos, é inferior à de outros grandes bancos a operar em Portugal", sublinhou. "O BPI tem 23 elementos, 7 executivos, enquanto o BCP tem 20 administradores, 7 executivos".


(Notícia actualizada às 13:32)

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