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EUA querem multar Deutsche, Credit Suisse e Barclays de uma só vez

O Deutsche Bank tem estado no centro do furacão pela multa de 14 mil milhões de dólares mas o Financial Times adianta que o objectivo dos EUA é juntar três visados. O valor é mais sonante e chega antes das eleições.

Bloomberg
30 de Setembro de 2016 às 07:37
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Os Estados Unidos pretendem colocar o Deutsche Bank, o Credit Suisse e o Barclays sob a mesma multa, segundo adianta o Financial Times. Em causa está a venda irregular de instrumentos financeiros associados a hipotecas.

 

Até aqui, falava-se na multa a aplicar ao banco alemão. 14 mil milhões de dólares, ou 12,5 mil milhões de euros ao câmbio actual, é o valor dessa coima, que motivou uma forte pressão sobre o Deutsche Bank, com as dúvidas dos investidores relativas ao impacto na solidez.

 

Na altura, a instituição germânica adiantou que não contava pagar aquele montante num qualquer acordo com o Departamento de Justiça norte-americano relativo a estas acusações. Mas o que agora é dito é que o Deutsche Bank não está sozinho. Os EUA também têm o Barclays e o Credit Suisse na mira. E o objectivo será juntar as multas num único caso.

 

A publicação financeira avança que há um grande objectivo com este agrupamento: com um só acordo para o pagamento daquele valor, o Departamento de Justiça consegue alcançar uma grande soma de dinheiro. Publicidade antes das eleições presidenciais, que decorrem em Novembro. Da mesma forma, é uma forma de dissuasão face a eventuais irregularidades futuras.

 

Segundo o FT, o Barclays tem 2,5 mil milhões de libras (2,9 mil milhões de euros) colocados de parte para eventuais custos com litigância ao passo que o Credit Suisse tem provisões para o mesmo fim na ordem dos 1,76 mil milhões de francos suíços (1,6 mil milhões de euros).

 

Haverá ainda investigações contra outros bancos sobre a mesma venda irregular mas, diz o FT, o Departamento de Justiça dos EUA não pretende agregá-los neste processo. Royal Bank of Scotland, HSBC, UBS e Wells Fargo são os visados.

 

O presidente do Eurogrupo, que reúne os ministros das Finanças da Zona Euro, Jeroen Dijsselbloem, admitiu estar preocupado com o montante elevado em causa nas multas impostas pelas autoridades americanas aos bancos europeus. No parlamento holandês, país de que é o responsável pela pasta das Finanças, o resultado prático das multas, afirmou, era a transferência de capital angariado na Europa para os EUA, o que poderia obrigar ao uso de mais dinheiro público para resgatar os bancos no Velho Continente. Ainda ontem surgiu uma notícia na Reuters de que o Parlamento alemão dificilmente aprovará a injecção de dinheiros estatais no Deutsche Bank.

 

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