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CMVM soube de auditoria determinada pelo BdP à ESI pelo Luxemburgo

A ESI foi alvo de uma auditoria que foi pedida pela CMVM ao BdP apenas porque o regulador do mercado de capitais teve conhecimento da mesma através de contactos com o Luxemburgo.

Bruno Simão/Negócios
18 de Novembro de 2014 às 16:49
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O Espírito Santo Financial Group, "holding" através da qual o Grupo Espírito Santo controlava o Banco Espírito Santo, era alvo de uma supervisão partilhada entre a portuguesa Comissão do Mercado de Valores Mobiliários e a congénere do Luxemburgo. A 15 de Maio de 2014, a CMVM foi contactada por parte, vinda do Luxemburgo, de que teria havido uma reunião com a liderança do Grupo Espírito Santo "onde foram transmitidos factos graves". E perguntava: "quando é que pensam que devem ser divulgados aí?".

 

A CMVM tinha a responsabilidade de divulgar a informação relevante sobre a empresa. Contudo, até essa data, assegurou Carlos Tavares na audição desta terça-feira, 18 de Novembro na comissão parlamentar de inquérito ao BES, "os factos eram desconhecidos" para a CMVM.

 

Na sequência deste contacto, o regulador fez contactos com a congénere. "Passo a passo, fomos concluindo que era a auditoria de finalidade específica que tinha sido feito à Espírito Santo International pela KPMG".

 

Essa auditoria tinha sido pedida pelo Banco de Portugal. "Pedimos essa informação ao Banco de Portugal. Ela chegou".

 

A 29 de Maio, o ESFG fez o comunicado ao mercado através do site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários. "Em resultado desta auditoria limitada, foram identificadas irregularidades materialmente relevantes nas demonstrações financeiras da ESI, pondo em causa a completude e veracidade dos seus registos contabilísticos, e que consistem, designadamente, na não preparação de contas consolidadas, não contabilização de passivos financeiros de elevada dimensão, sobrevalorização de ativos, não reconhecimento de provisões para riscos e contingências diversas, suporte inadequado de registos contabilísticos e transacções cuja forma não corresponde à respectiva substância.", apontava o documento.

 

Esta questão é levantada numa altura em que a (falta de) ligação entre os reguladores e criticada pelos deputados que fazem parte da comissão parlamentar de inquérito.

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