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Bloco chama responsáveis do Popular e da Apollo ao inquérito ao Banif

A deputada Mariana Mortágua chama 18 indivíduos à comissão parlamentar de inquérito ao Banif. Vítor Gaspar, Maria Luís Albuquerque e actual ministro das Finanças constam da lista de audições do BE.

Miguel Baltazar
11 de Fevereiro de 2016 às 19:22
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O Bloco de Esquerda quer que os responsáveis do Banco Popular e do fundo americano Apollo façam parte da lista de audições da comissão parlamentar de inquérito ao Banif. Estas são entidades que estiveram na corrida pelo banco fundado por Horácio Roque, que acabou, no âmbito da resolução, vendido ao Santander Totta.

 

No requerimento que entrou esta quinta-feira, 11 de Fevereiro, a deputada Mariana Mortágua elenca 18 audições, divididas entre administradores do Banif, responsáveis políticos, responsáveis do Banco de Portugal, entidades europeias e ainda "outros".

 

É nos "outros" que consta Carlos Álvares, presidente do Popular, e ainda o responsável pelo fundo Apollo em Portugal. Além disso, António Vieira Monteiro, do Totta, também está na lista. Entre os "outros" também estão Nuno Fernandes Thomaz e Henrique Cruz. O primeiro é administrador da Caixa Geral de Depósitos com o pelouro da Caixa Capital, a sociedade de capitais de risco que detinha uma participação na Finpro, detida em parceria pelo Banif e por Américo Amorim. Já Henrique Cruz é administrador da Finpro, que entrou em falência.

 

O ex-CEO e ex-"chairman" do Banif, Jorge Tomé, e o socialista Luís Amado são também chamados, juntamente com António Varela, que foi representante do Estado no banco depois da injecção estatal de 2013 e que acabou por ser escolhido para administrador do Banco de Portugal. Miguel Barbosa, que lhe sucedeu na representação no Banif e que agora lidera o veículo de gestão herdeiro do Banif, Oitante, também é chamado.

 

No Banco de Portugal, encontram-se o governador Carlos Costa e os vices Pedro Duarte Neves e José Berberan Ramalho. Carlos Tavares, da CMVM, também.

 

No campo político, o BE quer ouvir Vítor Gaspar e Maria Luís Albuquerque, ministros das Finanças do anterior Executivo, mas também os actuais governantes Mário Centeno e o seu secretário de Estado adjunto Ricardo Mourinho Félix.

 

Entretanto, também os responsáveis da Direcção-Geral da Concorrência (desde 2010 até à actualidade), que teve influência na resolução do Banif, são convocados por Mariana Mortágua para prestar esclarecimentos na comissão parlamentar de inquérito.

 

Estes são os nomes que o Bloco de Esquerda, terceira força política do Parlamento, considera essenciais ouvir na comissão de inquérito. Contudo, as audições terão de ser alvo de entendimento pela maioria dos partidos.

 

BE pede histórico de créditos

 

Além das audições pedidas, o Bloco de Esquerda avançou os documentos que pretende que integrem o espólio. "Histórico das operações de crédito superiores a um milhão de euros desde 2010 e descriminação dos devedores" é um dos ficheiros solicitados ao Banif.

 

Ao Banco de Portugal, é pedida "toda a correspondência trocada com o Banif, os seus accionistas, CMVM, Governo, auditores e instituições europeias (incluindo BCE) desde 2010". 

Tome Nota Quem é chamado pelo BE à comissão de inquérito ao Banif
Administradores do banco:
Luís Amado
Jorge Tomé
Joaquim Marques dos Santos
Carlos Duarte de Almeida
António Varela (agora no BdP, foi representante do Estado no Banif)
Miguel Barbosa (representante do Estado no Banif e presidente da Oitante)

Banco de Portugal, Fundo de Resolução, CMVM:
Carlos Costa, governador do BdP
Pedro Duarte Neves, vice-governador do BdP
Carlos Albuquerque, director de supervisão do BdP
Luís Costa Ferreira e Pedro Machado, ex-quadros do BdP
José Berberan Ramalho, vice-governador do BdP e presidente do Fundo de Resolução
Carlos Tavares, Presidente da CMVM

Responsáveis políticos:
Vítor Gaspar, ministro das Finanças do Governo PSD/CDS
Maria Luís Albuquerque, ministra das Finanças do Governo PSD/CDS
Cristina Sofia Dias, chefe de gabinete da anterior ministra da Finanças
Mário Centeno, ministro das Finanças
Ricardo Mourinho Felix, secretário de Estado adjunto, do Tesouro e das Finanças

Responsáveis nas instituições europeias:
Gert Jan Koopman, vice-director-geral para a Ajuda Estatal na DG Comp (Direcção-Geral da Concorrência) desde Novembro de 2010
Johannes Laitenberger, director-geral da DG Comp desde setembro 2015
Alexander Italianer, director-geral da DG Comp antes de setembro 2015
Margrethe Vestager, comissária da DG Comp desde nov 2014
Joaquin Almunia, Comissária DG COMP antes de nov 2014
Koopman Gert-Jan, Diretor-geral adjunto DG COMP

Outros:
Nuno Thomaz, administrador da CGD com o pelouro da Caixa Capital (detentora de participação na Finpro)
Henrique Cruz, administrador da Finpro
António Vieira Monteiro, presidente da comissão executiva do Santander
Carlos Manuel Álvares, presidente do conselho de administração do Banco Popular
Responsável pelo Fundo Apollo em Portugal
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