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BES usou ESAF para vender papel comercial aos clientes de retalho ignorando proibição

Os fundos de investimento geridos pela ESAF foram uma das formas que o BES usou para comercializar papel comercial do GES junto de clientes de retalho, em violação das determinações do Banco de Portugal. A conclusão consta da auditoria forense ao banco elaborada pela Deloitte, a pedido do supervisor.

Bloomberg
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O BES usou os fundos de investimento geridos pela ESAF, a sua sociedade gestora de fundos, para colocar papel comercial de empresas da área não financeira do Grupo Espírito Santo (GES) em clientes de retalho depois de 14 de Fevereiro de 2013, data a partir da qual o Banco de Portugal proibiu esta comercialização, conclui o primeiro bloco da auditoria forense ao banco.

 

A venda de papel comercial através de fundos de investimento foi feita aos balcões do BES, do Banco Espírito Santo dos Açores (BAC, na sigla adoptada na auditoria) e do Banco BEST, descreve a Deloitte, a empresa contratada pelo Banco de Portugal para passar a pente fino as suspeitas de irregularidades cometidas no banco, na altura liderado por Ricardo Salgado.

 

"Após 14-02-2014 foram comercializados de forma indirecta, através de fundos de investimento mobiliário geridos pela ESAF – Fundos de Investimento Mobiliário, títulos de dívida emitidos por entidades do ramo não financeiro do GES junto de clientes classificados no segmento de ‘retalho’ do BES", bem como do "BEST e do BAC", esclarece o sumário executivo do relatório sobre o primeiro bloco da auditoria forense, a que o Negócios teve acesso.

 

Como a Deloitte deixa claro, esta comercialização corresponde a uma "potencial desobediência ilegítima" das determinações impostas pelo supervisor ao BES e ao Espírito Santo Financial Group (ESFG), na altura holding que controlava o banco.

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