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Banif ia perder acesso a dinheiro do BCE um dia depois da resolução

O governador do Banco de Portugal admitiu que a situação do Banif era frágil desde Novembro. Mas diz que foi na semana antes da queda que começou a haver problemas de acesso a dinheiro.

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29 de Janeiro de 2016 às 17:51
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O Banif iria perder o acesso a dinheiro cedido pelo Banco Central Europeu a 21 de Dezembro, segundo confirmou o governador do Banco de Portugal na primeira vez que falou sobre a intervenção no Banif.

 

Na comissão parlamentar de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa, Carlos Costa confirmou que, "de facto, o banco tinha perdido o estatuto de contraparte a partir de segunda-feira seguinte". O estatuto de contraparte permite o acesso a Frankfurt. Em resposta ao deputado social-democrata António Leitão Amaro, lançou a ideia: "imaginem o que seria o banco, sem liquidez, estar de portas abertas".

 

Durante a semana anterior, de 13 de Dezembro (dia em que a TVI avança que o banco se preparava para fechar as portas) a 18, o Banco de Portugal teve de ceder ele próprio liquidez, "dado que o colateral para situações normais já não estava disponível", declarou Carlos Costa. O colateral é a garantia apresentada para poder receber a liquidez e, assim, fazer face à "fuga de depósitos", como classificou o deputado do PS.

 

Só que, a 18 (data marcada para a apresentação de propostas finais para a compra do Banif), o banco "estava muito curto de colateral e não poderia fazer face à semana seguinte, disse o governador aos deputados.

 

Contudo, na mesma resposta, admitiu que os problemas já tinham algum tempo. A 17 de Novembro, o Banco de Portugal tinha já solicitado um reforço de capitais ao banco porque, com as imparidades que teria de constituir (o governador não explicou porquê), os rácios ficariam no limite exigido.

 

O banco acabou por ser alvo de uma intervenção a 20 de Dezembro, com a venda da actividade tradicional ao Santander Totta, a transmissão de outros negócios para um veículo Oitante, e as posições accionistas e de dívida subordinada ficaram no veículo que manteve o nome de Banif, embora esvaziado de activos. 

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