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Carlos Costa empurra para Bruxelas desconto na venda do Banif
Os activos que saíram do Banif para o veículo Oitante não transitaram ao seu "valor económico real", admitiu o governador. "As regras da DGCom a isso obrigam", justificou.
O governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, rejeita qualquer responsabilidade no desconto a que os activos saíram do Banif para o Totta e para o veículo Oitante. "As regras da Direcção-Geral da Concorrência [DGCom] a isso obrigam", disse o líder do Banco de Portugal na comissão parlamentar de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa.
Esta sexta-feira, 29 de Janeiro, Carlos Costa assumiu que "não está em causa o valor económico real. Estão em causa as regras conservadoras que a DGCom aplica". O governador diz que, na altura, estava em causa ter de actuar em "tempo limite".
Segundo foi informado pelo Governo, os activos transferidos para o veículo Oitante transitaram com um preço 66% inferior ao seu real valor. No caso do Totta, conforme deu conta o Negócios, a venda foi feita com um desconto de 75%.
Entretanto, com a venda de activos por parte da Oitante, o valor criado será "apropriado pelo próprio veículo", que pertence ao Fundo de Resolução da banca.