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CMVM avisa que há mais para saber sobre o BES

Há "informação relevante" sobre o Banco Espírito Santo (BES) que ainda não se conhece, segundo o presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), Carlos Tavares.

Bruno Simão/Negócios
24 de Julho de 2014 às 23:30
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Há duas alturas cruciais para a informação vir a público, adiantou o supervisor. Uma delas, a apresentação dos resultados semestrais, deveria acontecer esta sexta-feira, caso não tivesse sido adiada para 30 de Julho. Os relatórios dos auditores, que serão divulgados, também deverão contribuir para esse conhecimento adicional sobre a situação do banco agora sob o comando de Vítor Bento. "Os investidores deverão ler toda a informação que seja relevante", para além daquela que veio a público aquando da publicação do prospecto do aumento de capital da instituição financeira.

Carlos Tavares, que falava numa audição parlamentar convocada para debater o caso BES, afirmou por várias vezes que se tinham de retirar consequências de actos irregulares: seja da venda de papel comercial de empresas do Grupo Espírito Santo nos balcões do BES, seja da aplicação de 897 milhões de euros que a PT fez em sociedades do GES.

Mas, no dia em que Ricardo Salgado foi detido, Tavares admitiu que há problemas na justiça que impedem que se possa, efectivamente, tirar consequências de actos irregulares. "O nosso sistema judicial, a forma como está concebido, permite àqueles que têm um maior poder económico, pelo menos, diferir no tempo, substancialmente, e limitar muito, as consequências de actos eventualmente irregulares", adiantou o responsável pela CMVM nas suas declarações aos deputados.

(Valor da aplicação por parte da PT no GES corrigido para 897 milhões de euros, em vez de 987 milhões como estava referido)

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