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Carlos Tavares: Venda de papel comercial com base em "informação não verdadeira" terá "consequências"

O papel comercial de sociedades do GES vendido nos balcões do BES cumpria as regras excepto conter "informação não verdadeira". "Isto tem de ter consequências", segundo Carlos Tavares.

Bruno Simão/Negócios
24 de Julho de 2014 às 11:47
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O papel comercial emitido por sociedades do Grupo Espírito Santo vendido em balcões do Banco Espírito Santo foi acompanhado por informação "não verdadeira". "Isto tem de ter consequências", confessou Carlos Tavares, presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

 

Carlos Tavares adiantou que essa é a função seguinte do regulador: "saber como tratar" o facto de títulos financeiros terem sido "vendidos com base em informação não verdadeira".

 

O papel comercial, títulos de dívida de muito curto prazo, foi emitido por sociedades do Grupo Espírito Santo, a Espírito Santo International e a Rioforte. E vendido em balcões do BES. Foi colocado sobre a forma de uma oferta privada. Ou seja, não tinha de ser supervisionada pela CMVM. Uma oferta só teria de ser pública, e assim estar na esfera do regulador, se fosse colocado junto de mais de 150 investidores. E, neste caso do papel comercial do GES, o que aconteceu foi que o papel comercial, vendido em pequenas séries de 30 ou 40 milhões de euros, foi dirigido a 148 ou 149 investidores, contou Carlos Tavares.

 

Apesar disso, a CMVM exige que, mesmo nas ofertas privadas, seja entregue um documento informativo que a explique. "E estavam aí as contas da ESI e da Rioforte. Só que não eram as verdadeiras", afirmou o presidente da CMVM.

 

O regulador adiantou só ter tido conhecimento desta situação do papel comercial em Abril passado. Mas, na óptica de Carlos Tavares, haverá outros instrumentos financeiros, que não meros depósitos, dos quais tem dúvidas de que tenham merecido "consciência completa dos clientes" daquilo que subscreveram.

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