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CMVM comunicou indícios de crimes no Grupo Espírito Santo à Justiça nos últimos anos
O regulador do mercado de capitais detectou, nos últimos anos, "indícios de abuso de informação privilegiada" e "eventual crime de abuso de confiança", segundo Carlos Tavares.
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A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) comunicou à Justiça portuguesa indícios de crimes no Grupo Espírito Santo nos últimos anos (2008-2014), disse o seu presidente, Carlos Tavares, no Parlamento.
Foram instaurados "20 processos de contra-ordenação contra entidades do Grupo Espírito Santo", contou o regulador aos deputados na comissão do Orçamento, Finanças e Administração Pública que, esta quinta-feira, se debruça sobre o caso BES/GES.
Além disso, a CMVM comunicou ao Ministério Público, por exemplo, "indícios de abuso de informação privilegiada" e "de eventual crime de abuso de confiança", segundo palavras de Carlos Tavares.
Nos últimos anos, acrescentou o presidente da CMVM, foram realizadas 24 acções de supervisão sobre o Grupo Espírito Santo, tendo havido alguns casos em que se tiveram de corrigir determinadas situações, sem as especificar.
O presidente defende que o regulador do mercado de capitais actua, também, de forma mais silenciosa, que não pode ser sempre tornada pública.
Através de uma cascata de participações que culmina na Espírito Santo Financial Group, o Grupo Espírito Santo detém 20,1% do BES.