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BES perde 7% um dia depois de pedido de "gestão controlada" da ESFG

Depois de três dias em que fecharam em alta, as acções do BES estão a negociar em terreno negativo. E, desde as 12h15, seguem a cair com alguma dimensão. O ESFG pediu ontem protecção de credores, o que vai afectar o banco.

Sofia A. Henriques/Negócios
25 de Julho de 2014 às 12:45
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As acções do Banco Espírito Santo começaram a tarde desta sexta-feira, 25 de Julho, em forte queda na Bolsa de Lisboa. A desvalorização é de 6,16%, levando os títulos a negociarem nos 0,457 euros. No início da sessão, o comportamento até foi positivo mas, ainda que já estivessem a cair desde pouco depois das 9h, a descida só se intensificou pelas 12h15.

 

Embora a queda seja intensa, e esteja a condicionar o desempenho do índice da bolsa portuguesa PSI-20, as acções do banco sob o comando de Vítor Bento (na foto) estão acima do valor com que tinham terminado a semana passada, comportamento para o qual contribuíram as três últimas sessões, em que o verde foi a cor do fecho das sessões.

 

A descida do preço das acções do BES, um dia depois de o seu antigo presidente Ricardo Salgado ter sido detido para interrogações, está a seguir-se a uma pressão vendedora, já que foram já transaccionados perto de 36 milhões de títulos, acima da média diária de 34 milhões. Como o Negócios escreve hoje, as acções do BES mantêm um comportamento vulnerável, sendo que a volatilidade continua a ser a ordem do dia.

 

As incertezas no banco continuam a persistir apesar de a nova administração, liderada por Vítor Bento e João Moreira Rato, ter tomado posse há já quase duas semanas. O presidente do regulador, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, Carlos Tavares, avisou ontem, no Parlamento, que há ainda informação relevante sobre o BES que ainda será divulgada.

 

Um dos momentos para tal divulgação é a apresentação de contas na próxima semana. A primeira data para a divulgação dos resultados do primeiro semestre era precisamente esta sexta-feira, embora tenha sido adiada para dia 30. E os números poderão trazer surpresas. Nomeadamente devido a um facto ontem ocorrido: a Espírito Santo Financial Group pediu protecção de credores no Luxemburgo, através do regime de gestão controlada.

 

Com esse regime, a ESFG deixa de garantir a provisão de 700 milhões de euros que tinha constituído para assegurar o reembolso dos clientes de retalho do BES que tinham comprado papel comercial de sociedades do Grupo Espírito Santo. Agora, é o BES que tem de assegurar essa devolução.

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