Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Rui Rio: "Não serei um Presidente da República ao serviço do principado"

A decisão de candidatura ainda não está tomada, mas "já vai nos 80%", afirma Rui Rio. Sem certezas sobre a sua candidatura, o antigo presidente da Câmara do Porto garante a sua independência do "principiado da capital".

23 de Julho de 2015 às 03:05
  • 38
  • ...
Rui Rio é apresentado como um dos possíveis candidatos às eleições presidenciais. Apesar de não afastar o cenário, o antigo autarca ainda não oficializou nenhuma candidatura. Questionado esta quarta-feira, 22 de Julho, numa entrevista à RTP, Rui Rio respondeu que qualquer candidatura, seja autárquica, legislativa, é um acto de responsabilidade, sendo a candidatura de Presidente da República de uma responsabilidade acrescida. Por isso, disse estar "a ponderar diferentes factores".

Alguns dos factores que aponta são as "condições políticas e pessoais", nomeadamente no que diz respeito às condições logísticas necessárias a montar uma campanha. "Uma campanha presidencial, por mais barata que seja, custa muito dinheiro", sublinhou.

"Um Presidente da República não é para fazer discursos de 25 de Abril ou umas inaugurações. Estamos num momento histórico em que o país necessita de algo mais", acredita. Rio diz serem necessárias reformas fundamentais, que exigem alguém "com uma força política brutal", que devolva confiança política aos portugueses, ao regime à justiça e à vida pública. "O perfil do Presidente da República é mais interventivo agora do que nos últimos 40 anos". Sublinha no entanto que este deve ser um poder cumprido "no quadro das suas competências" e não "para boicotar o aumento do IVA ou a redução do IRS".

Acerca das especulações sobre a sua candidatura que têm vindo a ser escritas na comunicação social, Rui Rio diz "ser própria dos corredores do poder da capital", esclarecendo que, neste caso, capital não se refere a Lisboa mas "a um principado que vive em Lisboa e é a capital do país". Este principiado de que fala "tem do país uma noção limitada daquilo que consegue ver". "Mas o país vem de Valença a Vila Real e passa por Madeira e Açores", sublinha, relembrando que esta sua visão o leva a ser acusado de ter uma dimensão "regional e não nacional".


Rui Rio considera que alguns candidatos presidenciais assumem Belém sem grande reflexão e que "se vão divertir um pouco a fazer campanha".

Sobre a possibilidade de enfrentar outros candidatos da sua "família política", Rui Rio não esconde que seria mais fácil ser o único a concorrer, até por questões de "financiamento com subsídio público" que será "muito escasso se for para muita gente". No entanto, o número de candidatos não é razão para o afastar, nem tão pouco o resultado das sondagens, relembrando que se os cargos fossem por sondagens nunca tinha estado em lado algum. O autarca afirma que se for candidato não desistirá em prol do seu colega da direita e irá até ao fim. 


Não esconde também que gostaria de ter o apoio do PSD. "É muito desagradável alguém se candidatar, sendo militante do partido, e o partido não o apoiar ou apoiar outro", desabafa, esclarecendo que não é uma questão de estar dependente do apoio mas do peso que um não-apoio pode ter. 

Ver comentários
Saber mais Rui Rio Presidente da República Belém política eleições partidos e movimentos campanhas eleitorais
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio