Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Rui Rio: "Estabilidade do próximo Governo assentará no novo Presidente da República"

Em entrevista à RTP, o ex-autarca do Porto falou do papel do Presidente da República, que antevê como central no equilíbrio e estabilidade da próxima legislatura. Relativamente às eleições legislativas de 4 de Outubro, afasta um cenário de maioria absoluta.

Miguel Baltazar/Negócios
23 de Julho de 2015 às 00:34
  • 3
  • ...

Questionado sobre as declarações do actual Presidente da República, Cavaco Silva, que afirmou horas antes ser "extremamente desejável" uma maioria absoluta nas eleições legislativas, Rui Rio alertou que a probabilidade de isso não acontecer "é enorme". "Aliás, o mais provável é não haver maioria. Mesmo que o Partido Socialista ganhe as eleições não será com maioria e o mesmo com a coligação", acrescentou.

Rui Rio considera que estamos num cenário "muito equilibrado", que não era previsível há dois anos e que foi influenciado por acontecimentos recentes. "Tudo isto que se passou na Grécia ajudou as pessoas a perceber o que seria se não tivéssemos cumprido o memorando", considera.

O antigo autarca não considera que as palavras do actual Presidente da República influenciem as pessoas, "quanto muito influencia um voto útil à esquerda e prejudica os partidos mais pequenos". Pode sim, sublinha, "condicionar o discurso dos próprios partidos em campanha eleitoral". "Não vou insultar o meu adversário político porque no dia 5 de Outubro posso ter de fazer um acordo com ele", explica.

Face a um cenário parlamentar que poderá implicar alguma instabilidade política, o militante do PSD repetiu várias vezes que "o referencial de estabilidade vai passar para o Presidente da República".

O antigo presidente da Câmara do Porto relembrou que houve no passado momentos de crise em que o Presidente da República teve de intervir e acredita que é provável que o cenário se repita. Com isto, Rui Rio não afasta o risco de uma crise política, que diz estar dependente do desempenho dos líderes partidários "que ganharem ou perderem", uma vez que isso implicará consequências no partido, "quer seja o PS quer seja o PSD, na coligação, a perder" e a sua resolução assentará "na capacidade de o Presidente da República, actual ou novo, estabelecer consensos e pontes entre os diversos partidos".

Questionado sobre o papel e poder do Presidente da República em dar posse a um governo que não é maioria, Rio responde que "o Presidente tem condições para fazer tudo para que os partidos se entendam". E sublinha que qualquer partido que ganhe deve tentar um "entendimento", seja o "PS com o PSD, CDS ou Partido Comunista" ou "a coligação com o PS". Não obstante, destaca que um "arranjo em nome da estabilidade, sem sustentabilidade" não faz sentido.

Ainda na ideia da estabilidade entre os partidos após as eleições, Rui Rio acredita que o partido que perder "vai entrar em crise e o que ganhar vai ficar sem interlocutor válido".


O antigo autarca não considera que as palavras do actual Presidente da República influenciem as pessoas, "quanto muito influenciam num voto útil à esquerda e prejudicam os partidos mais pequenos". Podem sim, sublinha, condicionar "o discurso dos próprios partidos em campanha eleitoral". "Não vou insultar o meu adversário político porque no dia 5 de Outubro posso ter de fazer um acordo com ele", explica.


Ver comentários
Saber mais presidente da República Cavaco Silva Rui Rio Partido Socialista presidente da Câmara do Porto PSD PS Rio política partidos e movimentos
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio