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BCE diz que está a ter sucesso mas revê inflação (novamente) em baixa

As previsões da equipa de economistas do BCE reviu novamente em baixa as previsões de inflação. Sem a intervenção do banco central a situação seria muito pior, diz Draghi que confia numa recuperação da economia em 2016 e 2017.

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ECB's Draghi: Doing More Because It Works, Not Fails
03 de Dezembro de 2015 às 16:05
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Os economistas do BCE voltaram a rever em baixa as previsões de inflação para a Zona Euro e mais uma vez reafirmaram que a inflação começará a recuperar visivelmente a partir do próximo ano. Mario Draghi reconhece que os resultados estão aquém dos seus objectivos, e anunciou um reforço dos estímulos monetários, garantindo que sem as medidas do banco central a inflação seria ainda mais baixa.

Nas novas projecções do banco central, a inflação deverá ficar-se pelos 0,1% este ano, subindo para 1% em 2016 e 1,6% em 2017, valores mais baixos em 0,1 pontos percentuais do que as estimativas publicadas em Setembro.

 

"As projecções incluem riscos negativos às perspectivas de inflação e uma dinâmica de inflação ligeiramente mais fraca do que se esperava antes. Isto segue-se a revisões em baixa em anteriores exercícios de projecção. A persistência de taxas inflação baixas reflecte a significativa fragilidade económica que pesa sobre as pressões de preços internos e ventos contrários do ambiente externo", afirmou Mario Draghi.

 

A resistência da inflação em aproximar-se da meta de 2% do BCE está a desafiar a credibilidade do banco central em cumprir a sua missão. Após uma recuperação na primeira metade do ano, os valores da inflação voltaram a aproximar-se de zero. A primeira estimativa para a inflação de Novembro ficou-se pelos 0,1%, estável face ao mês anterior e abaixo das expectativas no mercado.

 

Draghi desvalorizou estes riscos. "As decisões de hoje foram tomadas para garantir um regresso das taxas de inflação para valores abaixo mas próximos de 2%, e assim ancorar as expectativas de médio-prazo de inflação", afirmou o Presidente do da autoridade monetária, assegurando que "confia" que a sua missão será cumprida.

 

Munido de contas da sua equipa técnica, Mario Draghi respondeu também aos que admitem que as medidas do BCE não estão a funcionar. "Nós estamos a tomar mais medidas porque elas estão a funcionar", afirmou, apresentando de seguida os resultados de um exercício que estima que sem os estímulos já adoptados a inflação na Zona Euro seria muito mais baixa.

 

"Sem as nossas medidas, a inflação seria pelo menos 0,5 pontos percentuais mais baixa em 2016, e um terço de ponto mais baixa em 2017" afirmou o responsável pela instituição, acrescentando que o programa de alívio quantitativo acrescentou também mais um ponto percentual ao crescimento da economia entre 2015 e 2017.

 

A equipa do BCE actualizou também as previsões de crescimento para a Zona Euro que ficaram "inalteradas em termos gerais" (1,5% este ano, 1,7% no próximo e 1,9% em 2019, qualificou Draghi, acrescentando que "os riscos ao crescimento da área do euro relacionam-se com as maiores incertezas quanto aos desenvolvimentos na economia global, assim como a riscos geopolíticos mais gerais".

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