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Abertura dos mercados: Bolsas europeias, euro e ouro em queda

As bolsas europeias recuam, ainda sob efeito das decisões do BCE. O euro e o ouro caem à espera dos dados do emprego nos EUA e o seu eventual impacto num aumento das taxas de juro pela Fed. O petróleo negoceia abaixo dos 44 dólares.

Reuters
04 de Dezembro de 2015 às 08:34
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Os mercados em números

PSI-20 cai 0,29% para 5.270,18 pontos

Stoxx 600 perde 0,32% para 370,91 pontos

Nikkei desvalorizou 2,18% para 19.504,48 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos avançam 5,6 pontos base para 2,548%

Euro recua 0,59% para 1,0875 dólares

Petróleo em Londres cai 0,36% para 43,68 dólares o barril

 

Bolsas europeias em queda

As bolsas europeias iniciaram a sessão em terreno negativo, ainda a absorver o impacto das decisões do Banco Central Europeu (BCE), que não foram ao encontro das expectativas dos investidores. Apesar de ter cortado uma das mais importantes taxas de juro esta quinta-feira e de ter prolongado o programa de compra de activos, as medidas adoptadas por Mario Draghi não satisfizeram os investidores.

O Stoxx 600 recua 0,32% para 370,91 pontos, o espanhol IBEX cai 0,57% para 10.035,80 pontos, o germânico DAX perde 0,12% para 10.776,04 pontos e o AEX de Amesterdão perde 0,52% para 447,59 pontos.

O principal índice da bolsa nacional acompanha a tendência das principais praças do velho continente e cai 0,29% para 5.270,18 pontos. Com 12 cotadas em queda, 5 em alta e 1 inalterada, a penalizar o desempenho do PSI-20 está a Galp e a Jerónimo Martins.

 

Juros avançam

Os juros da dívida portuguesa a 10 anos avançam 5,6 pontos base para 2,548%, acompanhando a tendência da "yield" espanhola, que soma 5,2 pontos base para 1,782%. Já os juros da dívida alemã a dez anos avançam 1,9 pontos base para 0,685%.

Euro corrige depois BCE e aguarda dados do emprego nos EUA

A moeda única europeia está a cair 0,59% para 1,0875 dólares, num dia em que os investidores aguardam os dados do emprego norte-americano, na expectativa que os mesmos forneçam pistas sobre a probabilidade de um aumento dos juros pela Reserva Federal norte-americana já em Dezembro.

O euro corrige, assim, os ganhos conseguidos na sessão de ontem depois da decisão do BCE de cortar a taxa de depósitos em 10 pontos base, passando de -0,2% para -0,3%. Os investidores esperavam que Mario Draghi anunciasse um corte mais expressivo na taxa de depósitos e que reforçasse o valor das compras de activos, tendo apenas prolongado o prazo.

Petróleo sem tendência definida

O Brent, negociado em Londres e preço de referência para a Europa, recua 0,36% para 43,68 dólares por Barril. O West Texas Intermediate, negociado em Nova Iorque, avança 0,12% para 41,13 dólares.

A matéria-prima não apresenta uma tendência definida, enquanto os investidores esperam a reunião dos representantes da Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP) em Viena.

A Arábia Saudita manteve a sua linha nas discussões informais de quinta-feira, insistindo que grandes produtores que não fazem parte da organização, como a Rússia, teriam de acompanhar uma eventual quebra na produção decidida pela OPEP.

A organização tem produzido acima da sua quota colectiva de 30 milhões de barris por dia nos últimos 18 meses, mostram os dados compilados pela Bloomberg. A Rússia e o México, e outros grandes produtores que não integram a OPEP, não deram sinais de acompanhar a decisão da organização caso esta viesse a decidir cortes na produção.

Ouro recua à espera de dados emprego dos EUA

A matéria-prima recua 0,19% para 1.060,10 dólares por onça, depois dos investidores terem ficado desapontados com as decisões do Banco Central Europeu de estímulo à economia - que incluiu um corte nos juros aquém do previsto e uma extensão do programa de compra de activos - conhecidas esta quinta-feira.

Ao mesmo tempo, estes esperam o relatório de emprego nos EUA referente a Novembro, esperando que este forneça algumas pistas sobre um eventual aumento de juros pela Reserva Federal norte-americana. "O ouro estará muito sensível hoje aos dados do emprego", disse Helen Lau, analista da Argonaut Securities, citada pela Reuters, acrescentando que a não ser que estes estejam muito abaixo das expectativas, "a perspectiva de um primeiro aumento dos juros já em Dezembro é praticamente universal".
 

Destaques do dia

BCE tranquiliza Governo até Março de 2017. Programa de compra de títulos terminava em Setembro de 2016, por altura da elaboração do Orçamento do Estado para 2017. Draghi anunciou o prolongamento por mais seis meses, um factor que tranquilizará o novo Governo.

S&P: BCP será capaz de acomodar impacto negativo da Polónia.
A agência de notação financeira considera que a conversão dos créditos à habitação na Polónia não constitui uma ameaça à tendência de recuperação dos lucros do BCP.

Tomás Correia critica "constantes ataques" ao Montepio. O presidente da Associação Mutualista Montepio Geral, Tomás Correia, disse esta quinta-feira que a instituição esteve sob "constantes ataques" nos últimos meses, mas que a sua reeleição mostra que "não é com maledicência que se ganham eleições".

Divisão na OPEP promete manter petróleo em queda. A OPEP vai reavaliar a sua estratégia de manutenção da oferta, que provocou o colapso dos preços do petróleo. Deverá manter a produção, prolongando os preços baixos, dizem os analistas. Mas, o corte no investimento pode provocar nova subida.

Investidores desiludidos sem bomba atómica do BCE. A expectativa era muita, mas o BCE defraudou-a completamente. As medidas apresentadas ficarão aquém do esperado, levando o euro a disparar e as bolsas a afundar. Uma reacção que terá sido exagerada, até porque os estímulos mantêm-se.

O que vai acontecer hoje

OPEP. Reunião da Organização dos Países Produtores de Petróleo em Viena, com o objectivo de analisar as políticas de produção deste conjunto de países.

Irlanda. Possível revisão do "rating" pela S&P.

Zona Euro. Índice de gestores de compras (PMI) da Markit para o retalho, relativo a Novembro.

EUA. Taxa de desemprego e criação de novos postos de trabalho ("payrolls"), em Novembro.

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