Pela segunda sessão consecutiva a bolsa de Lisboa encerrou em terreno negativo. O PSI-20 desvalorizou 0,57% para 5.255,47 pontos, com 14 empresas em queda e quatro em alta. Entre as restantes praças europeias a tendência é sobretudo de perdas, com os investidores ainda a digerirem as medidas do Banco Central Europeu (BCE).

A autoridade monetária da Zona Euro anunciou esta quinta-feira, 3 de Dezembro, um corte na taxa de depósitos, bem como a expansão e prolongamento do programa de compra de activos. Um conjunto de medidas que tem como objectivo impulsionar a inflação para o objectivo de "perto, mas abaixo de 2%", mas que ficou aquém das expectativas dos investidores.

Ainda a marcar a negociação no Velho Continente estará o facto de a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) ter concordado em estabelecer um novo tecto para a produção dos seus membros, de acordo com a Bloomberg. O West Texas Intermediate cai 1,92% para 40,29 dólares por barril. E o Brent do Mar do Norte, que serve de referência para as importações europeias, recua 0,98% para 43,41 dólares por barril.

Por esta altura, o principal índice grego lidera as quedas no Velho Continente, descendo 2,34%, seguido do principal índice holandês, que desce 0,66%.

Por cá, destaque pela negativa para os títulos da Jerónimo Martins e da Galp Energia. A Jerónimo Martins encerrou a cair 1,36% para 12,69 euros. Ainda no retalho, a Sonae subiu 0,28% para 1,083 euros.

Na energia, a Galp Energia desceu 1,28% para 9,877 euros, isto numa altura em que a cotação do petróleo está a ser penalizada pelas notícias em torno da OPEP. A EDP cedeu 0,77% para 3,101 euros. Por outro lado, a EDP Renováveis subiu 1,72% para 6,667 euros e a REN somou 1,11% para 2,735 euros.

Na banca também não se verificou uma tendência definida. O BCP encerrou a cair 1,02% para 4,85 cêntimos. Esta quinta-feira, 3 de Dezembro, a agência de notação financeira Standard & Poor’s reviu em alta o "rating" intrínseco do Banco Comercial Português BCP, elevando-o de "b" para "b+", reconhecendo "o reforço da base de capital do banco actualmente em curso".

Apesar dessa melhoria, a avaliação da agência de notação financeira norte-americana para o banco liderado por Nuno Amado manteve-se inalterada em "B+" devido à Directiva de Recuperação e Resolução Bancária. Mas o "outlook" é "positivo".

O BPI encerrou a valorizar 3,70% para 1,121 euros, aliviando assim um pouco das perdas registadas recentemente. O Banif recuou 5% para 0,19 cêntimos atingindo um novo mínimo histórico.

A Nos caiu 0,77% para 7,177 euros. A Pharol desvalorizou 4,85% para 29,4 cêntimos.

No sector da pasta e do papel, o sentimento foi igualmente negativo, com a Semapa a fechar a sessão a cair 0,96% para 12,96 euros. A Portucel cedeu 0,16% para 3,824 euros e a Altri deslizou 0,81% para 5,033 euros.

(Notícia actualizada às 16h58 com mais informações)