A bolsa nacional continua a negociar em terreno positivo em linha com as congéneres europeias. O PSI-20 soma 0,66% para os 5.290,10 pontos, com 13 cotadas em alta, três em queda e duas inalteradas. Lisboa regista os ganhos mais tímidos do Velho Continente enquanto o germânico DAX é o índice que mais sobe, avançando 2%. O Stoxx 600, índice de referência e que engloba as 600 empresas mais relevantes da Europa, cresce 1,53%.

Esta evolução das praças europeias tem lugar numa altura em que os investidores estão a rever as suas avaliações. A semana passada foi de perdas. O mercado aguardou até quinta-feira para saber quais seriam as medidas de estímulo que o Banco Central Europeu (BCE) iria introduzir na economia da união monetária. O BCE decidiu cortar a taxa sobre os depósitos para -0,30%, uma medida já antecipada pelo mercado. Além disso, a autoridade monetária do euro comunicou também ao mercado um alargamento do programa de compra de activos. A autoridade monetária decidiu assim prolongar o programa até Março de 2017. E Mario Draghi na última quinta-feira salientou que poderá continuar além desta data, caso seja necessário. Desta forma, o BCE continuará a injectar liquidez na economia por mais seis meses que o previsto. O BCE decidiu também aumentar os activos elegíveis para as compras. Estas medidas ficaram aquém do previsto pelo mercado e o desapontamento dos investidores teve reflexos nos mercados accionistas, com as principais praças a registarem perdas.

Por cá, destaque pela positiva para os títulos da Jerónimo Martins e EDP. A retalhista liderada por Pedro Soares dos Santos avança 1,10% para 12,83 euros. Ainda neste sector, a Sonae cresce 0,65% para 1,09 euros.

Na energia, a EDP avança 1,06% para 3,134 euros e a EDP Renováveis soma 0,49% para 6,70 euros. Esta manhã, antes da abertura do mercado, a empresa liderada por Manso Neto revelou que tinha assinado um novo contrato de venda de energia nos EUA. A REN aprecia 0,07% para 2,737 euros.

Por outro lado, a Galp Energia recua 1,38% para 9,741 euros numa altura em que os preços do petróleo estão a cair nos mercados internacionais, reflectindo o abandono por parte da OPEP da estratégia que visava limitar a produção para controlar os preços. O mercado receia um agravamento do excesso de oferta de petróleo já existente. O Brent do Mar do Norte, que serve de referência para as importações nacionais, perde 0,60% para 42,74 dólares por barril.

Na banca, o sentimento é de ganhos, com o Banif a ganhar 5,26% para 0,002 euros. Numa entrevista conjunta ao Diário Económico e Antena 1, Luis Amado salientou que "proteger o Banif é proteger o dinheiro dos contribuintes que nele foi aplicado". Luís Amado recorda que o Estado é o maior accionista do Banif, após a capitalização decidida pelo Banco de Portugal e Governo em 2012. Na conversa publicada esta segunda-feira, 7 de Dezembro, Amado esclarece que já existiram conversações com o novo Governo socialista.A análise ao actual contexto do sector é também feita por Luís Amado, que considera "inevitável" uma "consolidação" da banca à escala europeia e nacional. Daí que não exclua um cenário de fusões.

O BPI avança 1,87% para 1,142 euros e o BCP aprecia 1,24% para 4,91 cêntimos. A Nos soma 0,93% para 7,244 euros. A Pharol segue inalterada nos 29,4 cêntimos. Os CTT avançam 0,94% para 8,823 euros.