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Quem escreveu afinal o discurso de Donald Trump?

Todos os Presidentes têm quem lhes escreva os discursos. Mas Trump fez questão de passar a mensagem e a imagem de que escrevera as palavras da tomada de posse. Afinal não foi.

22 de Janeiro de 2017 às 13:04
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O discurso nacionalista proferido por Donald Trump na tomada de posse foi recebido com protestos em várias cidades americanas e no resto do mundo. E embora o agora Presidente tenha passado a ideia de que o escreveu, o Wall Street Journal contradiz essa informação.

"Trump escreveu o seu discurso de inauguração", titulava uma notícia publicada pela CNN no dia da tomada de posse, 20 de Janeiro, citando fontes da equipa de Donald Trump. Em Dezembro, Trump disse aos convidados presentes na sua propriedade de Mar-a-Lago, na Flórida, que planeava ser ele próprio a escrever o discurso.

Na quarta-feira, dia 18 de Janeiro, Donald Trump fez um post no Twitter com uma imagem sua a escrever o "post", acompanhado do texto: "A escrever o meu discurso de inauguração na Casa Branca de Inverno, Mar-a-Lago, há três semanas. Estou ansioso por sexta-feira".

A CNN salientava até que a decisão de ser o próprio a escrever representava uma ruptura com a prática seguida na campanha, em que os discursos eram escritos pelo seu conselheiro político principal Stephen Miller. 

Afinal foi mesmo Miller e Steve Bannon, o conselheiro político principal de Trump na Casa Branca, quem escreveram pelo menos a maior parte do discurso, concedeu uma fonte da Casa Branca ao The Wall Street Journal

Steve Bannon foi uma das nomeações mais polémicas para a equipa de Donald Trump. Antes de se juntar o director executivo da campanha do novo Presidente dos EUA, em Agosto, Bannon era o presidente executivo da Breitbart News, um site de notícias e opinião ligado à extrema-direita e ao movimento "Alt-right", com conteúdos considerados xenófobos, sexistas e anti-semitas.

O conservador Stephen Miller, que também será conselheiro político do novo Presidente, fazia "o aquecimento" dos comícios de Donald Trump, com intervenções marcadas pelo que a Politico descreve como "populismo conspiracional".

O The Wall Street Journal fez uma análise das palavras usadas por Trump e conclui que 58% do discurso contém uma mensagem nacionalista, que é a mais elevada desde Ronald Reagan (42%), em 1981.

 

"Acho que não temos um discurso assim desde que Andrew Jackson () chegou à Casa Branca", afirmou Bannon ao jornal americano. "Tem uma raíz muito, mas muito profunda de patriotismo".

O conselheiro-chefe explicou ainda que o objectivo era abordar no discurso os mesmos temas da campanha: "Foi uma declaração sem enfeites dos princípios básicos do seu movimento populista e nacionalista". Donald Trump fê-lo "de uma forma muito poderosa", disse ainda 


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