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Marcha das mulheres reúne mais pessoas que tomada de posse de Trump
Em Washington, a Marcha das Mulheres reuniu, segundo os jornais internacionais, mais pessoas que a tomada de posse de Donald Trump. O Presidente, no segundo dia no cargo e depois de ter assinado o fim do Obamacare, visitou a sede da CIA.
Centenas de milhares de pessoas participaram este sábado, nos Estados Unidos, nas Marchas das Mulheres realizadas em defesa dos direitos cívicos e contra o novo Presidente, Donald Trump, que tomou posse há um dia, indicaram várias fontes.
Na capital federal, onde se deu a maior concentração, ao fim da manhã, 275.000 pessoas tinham utilizado o metro para se juntarem ao protesto, ou seja, mais 50% que para a cerimónia de posse de Trump, na véspera à mesma hora, segundo a autoridade dos transportes WMATA.
Os organizadores, por seu turno, reviram em alta a sua estimativa de participação no cortejo, de 200.000 para 500.000 pessoas, de acordo com o vice-presidente da câmara de Washington, Kevin Donahue.
Photos taken at 12:15 p.m. ET each day show Trump's inauguration crowd vs. the #WomensMarch https://t.co/syj3kEAr2t pic.twitter.com/OG61rjQdqd
— CNN (@CNN) 21 de janeiro de 2017
A cantora Madonna, as actrizes Scarlett Johanson e America Ferrera e o realizador Michael Moore foram alguns dos artistas que participaram na Marcha das Mulheres em Washington, nos EUA, em defesa dos direitos cívicos e contra o novo Presidente.
Vestindo um chapéu preto com orelhas de gato, a cantora Madonna discursou na manifestação, deixando uma mensagem de esperança: "O bem não ganhou nestas eleições [presidenciais, que deram a vitória a Donald Trump], mas ganhará no final".
"Estão prontos para agitar o mundo? Bem-vindos à revolução do amor", acrescentou.
Mas não é apenas em Washington que as manifestações aconteceram. Nova Iorque, Chicago, Los Angeles e em outras cidades mais pequenas os protestos também tiveram lugar. E em outros locais do mundo. Mais de 20 cidades tiveram manifestações.
No segundo dia como Presidente, Donald Trump visitou a sede da CIA e falou com os trabalhadores do departamento dos serviços secretos norte-americanos.
"Esta é a minha primeira visita oficial. Não há ninguém que tenha sentimentos mais fortes em relação à comunidade da 'inteligência' e à CIA como Donald Trump, não há ninguém", declarou Trump, citado pela CNN. Aproveitou, também, para fazer algumas declarações e críticas aos media, nomeadamente em relação ao seu tratamento, acusando algumas estações televisivas de mentirem em relação ao número de pessoas presentes em frente da Casa Branca, no momento da tomada de posse.
Trump garantiu, ainda, que respeita a agência dos serviços de inteligência norte-americano, negando ter uma contenda com esta comunidade. Isto a propósito das críticas que fez sobre a sua condução na alegada intervenção da Rússia nas eleições.