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Manifestações anti-Trump e ataques aos media

Manifestações contra Trump em várias cidades americanas e no resto do mundo marcaram o fim-de-semana. O novo Presidente dos EUA respondeu no Twitter e o secretário de imprensa diz que há um boicote dos media.

Negócios 22 de Janeiro de 2017 às 19:40
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São já consideradas as maiores manifestações nos Estados Unidos desde a guerra do Vietname.  Centenas de milhares ou mesmo mais de um milhão de pessoas, conforme as estimativas, participaram este sábado, nos Estados Unidos, nas Marchas das Mulheres realizadas em defesa dos direitos cívicos e contra o novo Presidente, Donald Trump, que tomou posse há um dia. A equipa do novo inquilino da Casa Branca acusa os media de tentarem diminuir o entusiasmo à volta da tomada de posse.

 

Sean Spicer, o responsável pelas relações com os media na Casa Branca, usou a primeira conferência de imprensa, para acusar os meios de comunicação social de "deliberadamente noticiarem os acontecimentos de forma falseada", garantindo que "esta foi a maior audiência de sempre a assistir a uma inauguração, ponto final". Isto apesar de fotografias aéreas mostrarem que na tomada de posse de Obama, em 2009, o número de pessoas a assitir era muito maior.

 

"Estas tentativas de diminuir o entusiasmo da inauguração são vergonhasas e erradas. Os media serão responsabilizados", afirmou ainda Spicer, no domingo. Mais tarde, e confrontada com as imagens, uma adida da Casa Branca, Kellyanne Conway, afirmou que Spicer estava a oferecer "factos alternativos".

 

No dia anterior, durante uma visita à CIA, Donald Trump já deixara críticas aos media, nomeadamente em relação ao seu tratamento, acusando algumas estações televisivas de mentirem em relação ao número de pessoas presentes em frente da Casa Branca no momento da tomada de posse. "Tenho uma guerra com os media, que estão entre os seres humanos mais desonestos ao cimo da terra", afirmou.

 

O Presidente voltou a reagir no domingo, através do Twitter: "Vi os protestos ontem [sábado] mas tinha a impressão de que ainda agora tivemos uma eleição! Por que é que essas pessoas não votaram?" Mais de uma hora depois acrescentou que os protestos pacíficos "são uma marca da nossa democracia e mesmo que não concorde, reconheço o direito destas pessoas de expressarem a sua visão".

 

A cantora Madonna, as actrizes Scarlett Johanson e America Ferrera e o realizador Michael Moore foram alguns dos artistas que participaram na Marcha das Mulheres em Washington, nos EUA, em defesa dos direitos cívicos e contra o novo Presidente. Não foi apenas em Washington que as manifestações aconteceram. Nova Iorque, Chicago, Los Angeles e noutras cidades mais pequenas os protestos também tiveram lugar. E em outros locais do mundo. Mais de 20 cidades tiveram manifestações.

 

Os primeiros dias de Trump na Casa Branca ficaram ainda marcados pelos primeiros decretos do Presidente, entre eles um primeiro passo para a revogação do Obamacare. 

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