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Obama e Raúl Castro dão aperto de mão histórico

Ainda era sexta-feira, 10 de Abril, no Panamá. Barack Obama e Raúl Castro encontram-se na Cimeira das Américas, que começou no Panamá, e dão aperto de mão. Cinco décadas depois do congelamento nas relações entre os dois países.

Negócios 11 de Abril de 2015 às 11:44
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Estados Unidos e Cuba têm dado passos históricos na relação dos dois países. Esta sexta-feira, 10 de Abril, aconteceu mais um. Barack Obama, presidente dos EUA, e Raúl Castro, chefe de Estado de Cuba, deram um aperto de mão na abertura da Cimeira das Américas, que decorre no Panamá.

 

Citado pelos órgãos de comunicação internacionais, o porta-voz do conselho de segurança norte-americano Berndette Meehan afirmou: "na Cimeira das Américas esta noite, o presidente Obama e Raúl Castro cumprimentaram-se com um aperto de mãos".

 

A fotografia está a ser divulgada por vários meios de comunicação social, inclusive no twitter.

 

 

Na Cimeira, Obama e Raúl Castro sentaram-se na segunda fila, separados apenas pelos presidentes de Equador, Rafael Correa, e de El Salvador, Salvador Sánchez Cerén. A Cimeira tem a presença de chefes de Governo de 35 países.

"Esta Cimeira do Panamá tem um conteúdo especial (...), é a primeira vez na história das Américas que se reúnem à mesma mesa os 35 chefes de Estado e de Governo", afirmou no discurso de abertura o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, que, segundo a agência AFP, saudou a aproximação entre EUA e Cuba. O retomar das relações entre os dois países tinha avançado a 17 de Dezembro.

Este sábado, 11 de Abril, Obama e Castro terão uma reunião bilateral, naquela que será a primeira conversa directa de um presidente dos Estados Unidos com um presidente de Cuba desde 1956, altura em que Dwight Eisenhower e Fulgencio Batista se encontraram também no Panamá. Mas já na quinta-feira, os chefes da diplomacia dos dois países, John Kerry e Bruno Rodriguez, tinham tido o primeiro encontro bilateral ao mais alto nível em mais de 50 anos.

 

O Departamento do Estado norte-americano, no retomar destas relações, recomendou que Cuba fosse retirada da lista de países que alegadamente financiam o terrorismo, um passon reclamado pelo país insular. 

Os dois países não têm relações desde o início dos anos 60 do século XX, dois anos depois da chegada de Fidel Castro ao poder em 1959.


Ainda segundo a AFP, um dos objectivos da agenda de aproximação é o restabelecimento dos laços diplomáticos e a abertura das embaixadas. Mas há pontos de mais difícil solução, como as eventuais indemnizações que as empresas norte-americanas reclamam das nacionalização protagonizadas pela Revolução Cubana nos anos 60. Também Havana reclama uma compensação por causa do embargo comercial a que foi imposta em 1962. 

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