A versão final da reforma do IRS vai permitir uma poupança no imposto à generalidade dos contribuintes, quer tenham filhos, quer não os tenham. A razão para esta vantagem reside no figurino final das deduções à colecta, que acabou por ficar muito semelhante ao actual (com deduções individualizadas para despesas com saúde, educação, rendas, juros de empréstimos à habitação, lares e pensões de alimentos), mas com tectos mais generosos. Mais generoso é também o tecto global imposto ao conjunto das despesas dedutíveis.

Para quem tem filhos, a vantagem surge por duas vias: o quociente famílias, e das deduções pessoais, que se alargam.

Todos os contribuintes perdem o direito a uma dedução automática actualmente existente, mas conseguirão recuperá-la se apresentarem despesas gerais de cerca de 700 euros.

Mas atenção: para garantir o direito a todas as deduções, será preciso que os contribuintes vigiem periodicamente o Portal das Finanças, para garantir que os comerciantes e prestadores de serviços enviaram as suas facturas ao Fisco. Se a factura da farmácia, da consulta, da livraria escolar, se extraviar, e o contribuinte não der por isso, perde a possibilidade de deduzir a despesa no IRS.

Veja em baixo as simulações da PWC, que assumem isso mesmo: os contribuintes conseguem deduzir todas as despesas que fazem.