A Frente Comum, que agrega os sindicatos da Função Pública da CGTP, desafia o PS, o Bloco de Esquerda e o PCP a aprovarem de imediato a redução do horário de todos os trabalhadores do Estado para as 35 horas. O compromisso foi assumido pelos três partidos durante as eleições, mas não tem surgido nas notícias que dão conta dos detalhes do que estará a ser negociado.

 

"Fazemos esse desafio: tomem posse e façam a revogação da lei das 35 horas", disse Ana Avoila, em conferência de imprensa. "A revogação das 35 horas foi uma promessa do PS, do PCP e do Bloco de Esquerda", acrescentou, mais tarde, lembrando que independentemente do Governo que for formado estes partidos têm deputados suficientes para aprovar a medida.

 

As declarações foram prestadas durante a conferência de imprensa em que a Frente Comum apresentou uma resolução aprovada "por unanimidade" esta manhã, numa cimeira da Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública.

 

O documento, que se baseia numa lista de reivindicações que começaram a ser elaboradas no final da última legislatura, muito antes das eleições e da perspectiva de um acordo à esquerda, apresenta uma série de reivindicações, desde a reposição "imediata" dos cortes salariais – posição que pode vir a ser flexibilizada -  à reposição do valor das pensões, passando pela reposição das 35 horas na administração pública e pela revogação "imediata" da sobretaxa de IRS.

 

Contudo, na conferência de imprensa, Ana Avoila esclareceu que faz alguma hierarquização:

"As questões que queremos ver resolvidas em primeiro lugar é o aumentos dos salários, as 35 horas, o alargamento dos escalões do IRS e o descongelamento de carreiras", disse Ana Avoila. Por esta ordem, acrescentou.