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Governo alemão diz que "ainda há um longo caminho a percorrer" até um acordo com a Grécia

O porta-voz do Ministério alemão das Finanças, Martin Jaeger, defende que os credores já fizeram concessões "excepcionalmente generosas" ao Governo grego, pelo que está do lado deles "mostrarem alguma movimentação".

17 de Junho – Tsipras numa conferência com o chanceler austríaco Werner Faymann “O Governo grego, eleito recentemente pelo povo, arcará com o custo de levar a cabo este difícil acordo. Caso contrário, vamos assumir a responsabilidade de dizer 'o grande não'”.
24 de Junho de 2015 às 15:40
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O Governo alemão minimizou, esta tarde, as hipóteses de um acordo iminente entre Atenas e as instituições credoras, depois de o Executivo de Alexis Tsipras ter rejeitado a contra-proposta apresentada pelos parceiros internacionais.

"A nossa impressão é de que ainda há um longo caminho a percorrer", afirmou o porta-voz do Ministério alemão das Finanças, Martin Jaeger, em declarações aos jornalistas numa conferência de imprensa.

Jaeger defendeu que os credores já fizeram concessões "excepcionalmente generosas" ao Governo grego, pelo que está do lado deles "mostrarem alguma movimentação".   

Contudo, salientou, as propostas têm ser aprovadas pelas três instituições: Comissão Europeia, Banco Central Europeu (BCE) e Fundo Monetário Internacional (FMI). "No fim, só pode haver uma solução que seja apoiada pelas três instituições credoras", afirmou o porta-voz, acrescentando: "Isto aplica-se, em particular, ao FMI".  Segundo uma fonte da AFP, foi o FMI que colocou entraves às propostas apresentadas na segunda-feira pelo Governo grego. 

 

As palavras mais pessimistas de Berlim fazem eco das declarações do presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, que defendeu esta manhã que "ainda há muito trabalho" para fazer em relação à Grécia.

Contudo, o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, terá dito aos responsáveis pelas Finanças da Zona Euro que teriam de fechar um acordo esta quarta-feira, mesmo que isso implicasse estarem reunidos a noite toda, segundo uma fonte oficial da União Europeia, citada por um jornalista do New York Times através do Twitter.

Tal como Dijsselbloem, também o primeiro vice-presidente da Comissão Europeia disse hoje ser impossível arrastar mais o tema da Grécia, sendo fundamental fechar um acordo ainda esta semana.

"Devemos encontrar um acordo esta semana sobre a Grécia. Temos de ir directamente ao ponto, não há mais prolongamento possível. Temos a exigência de responder aos gregos que sofrem", disse Frans Timmermans, ao início da tarde, perante o Parlamento Europeu, em Bruxelas.

Para o número dois da Comissão Europeia, é preciso que "todos" se "comprometam" em dar à Grécia possibilidades de voltar a crescer através de um entendimento "razoável" para ambas as partes.

Além de "razoável e justo", o ministro das Finanças francês Michel Sapin quer um acordo "global e duradouro", como sublinhou esta quarta-feira, num discurso dirigido ao Parlamento nacional. "É preciso ser exigente com a Grécia, mas também justo", reforçou Sapin.

Os ministros das Finanças da Zona Euro estarão reunidos esta tarde, em Bruxelas, para mais uma reunião que já foi apontada como decisiva para alcançar um acordo entre Atenas e os credores, antes do Conselho Europeu ordinário, agendado para amanhã. 

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