Depois de na segunda-feira, após o encontro do Eurogrupo, as palavras terem sido de optimismo, os mercados reagiram em alta impulsionados pela expectativa que um acordo final entre a Grécia e os credores estaria próximo. A praça grega acompanhou o optimismo das principais bolsas europeias. Na sessão desta terça-feira, 23 de Junho, encerrou a subir mais de 6%.

Mas esta quarta-feira, 24 de Junho, a situação é diferente. Por volta das 9 horas da manhã, o principal índice helénico, o FTASE – que agrega as 25 maiores cotadas gregas –, caía em torno de 2,5%, com os investidores a aguardarem com expectativa os desenvolvimentos em torno da Grécia e de um acordo com os credores. Pouco depois surgiu a confirmação por parte do primeiro-ministro helénico, Alexis Tsipras, que os credores tinham rejeitado as propostas apresentadas pela Grécia. A praça helénica aprofundou a queda, tendo descido mais de 4%.

No final da sessão, e numa altura em que a imprensa internacional já avança quais são os pontos da discórdia entre Atenas e as instâncias internacionais, o FTASE encerrou a cair 1,97%. Durante a sessão, a praça grega chegou a cair 4,82%. A banca helénica esteve em destaque pela negativa. O Eurobank Ergasias encerrou a perder 6,80% depois de ter chegado a recuar 10,20%. O Alpha Bank terminou a sessão a descer 6,23% ainda que na sessão tenha desvalorizado 9,84%. E o Piraeus Bank fechou a sessão a cair 10,12% tendo perdido 13,18% durante o dia.

Quanto à dívida pública da Grécia, negociada no mercado secundário, esta quarta-feira marca um regresso às subidas depois das descidas expressivas das últimas sessões. Por esta altura, a dois anos, os juros avançam 108,8 pontos base para os 22,131%. A quatro anos crescem 55,4 pontos base para os 15,483%. E a dez anos, as "yields" somam 24,6 pontos base para os 10,819%.