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Fecho dos mercados: Bolsas em queda, euro recupera e Euribor estável em mínimos

As bolsas europeias fecharam em terreno negativo, pressionadas pela incerteza que ainda domina na Grécia. Ainda assim, os juros das obrigações recuaram e o euro valorizou face ao dólar.

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European Equities Halt a Four-Day Rally
24 de Junho de 2015 às 17:25
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Os mercados em números

PSI-20 desceu 1,33% para 5.842,41 pontos

Stoxx 600 caiu 0,38% para 397,32 pontos

S&P500 sobe 0,23% para 2.119,23 pontos

Yield das obrigações do Tesouro a 10 anos recua 0,8 pontos base para 2,743%

Euro sobe 0,10% para 1,1178 dólares

Petróleo em Londres desce 1,63% para 63,40 dólares por barril

 

Grécia volta a pesar nas bolsas europeias

Após terem iniciado a sessão desta quarta-feira estáveis, as bolsas europeias inverteram a tendência. A pressionar as praças do Velho Continente esteve o facto de, durante a manhã, ter sido anunciado que a Grécia e os credores voltaram a não chegar a acordo. O porta-voz do Governo alemão disse mesmo que "ainda há um longo caminho a percorrer".

 

Entre as principais praças, só a britânica escapou às perdas, ao avançar 0,15%. O Stoxx 600, índice europeu de referência, caiu 0,38% para 397,32 pontos, ao passo que o alemão DAX recuou 0,62% para 11.471,26 pontos. Mas a maior pressão esteve no grego FTASE, que cedeu 1,97% para 235,89 pontos.

 

A bolsa de Lisboa acompanhou a tendência e registou a segunda maior desvalorização. Recuou 1,33% para 5.842,41 pontos, tendo sido a primeira queda em quatro sessões. A pressionar o PSI-20 estiveram sobretudo BCP e BPI, que caíram, respectivamente, 3,01% para 8,39 cêntimos e 7,78% para 1,102 euros. Ainda na banca, o Banif desvalorizou 2,86% para 0,68 cêntimos. A contribuir para a tendência negativa da praça de Lisboa estiveram, igualmente, as cotadas do sector do retalho, com a Jerónimo Martins a perder 1,7% para 12,11 euros e a Sonae a deslizar 1,75% para 1,232 euros.

 

Juros recuam pela sétima sessão

As taxas de juro implícitas das obrigações soberanas portuguesas voltaram a cair na quarta-feira. A "yield" a 10 anos recuou 0,8 pontos base para 2,743%. Um movimento também registado pela taxa alemã na mesma maturidade, mas de forma mais acentuada. Algo que levou o "spread" a aumentar para 189,7 pontos.

 

Euribor estáveis em mínimo histórico

As taxas Euribor ficaram estáveis na última sessão. A taxa a três meses permaneceu nos -0,014%, ao passo que a Euribor a um mês ficou nos -0,066%. Para ambas as maturidades, trata-se do valor mais baixo de sempre. Já a taxa a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação, subiu de 0,048% para 0,049% afastando-se, assim, do mínimo histórico.

 

Euro recupera após maior queda em três meses

Após ter registado na terça-feira a maior queda em três meses, o euro voltou aos ganhos na última sessão. Avançou 0,10% para 1,1178 dólares, tendo chegado a valorizar 0,61%. A incerteza em torno da Grécia continua a dominar as atenções. Os analistas apontam que os mais recentes desempenhos mostram que os investidores apostam na queda face ao dólar, quando há a expectativa de acordo, e inversamente, caso haja um recuo nas negociações.

 

Petróleo regressa às quedas

O preço do "ouro negro" cai nesta sessão. O Brent, negociado em Londres, recua 1,63% para 63,40 dólares por barril. Já o WTI, transaccionado em Nova Iorque, desvaloriza 1,31% para 60,21 dólares, depois de ter estado a subir no início da sessão. É que foram conhecidos os dados dos inventários nos EUA, que diminuíram pela oitava semana seguida. Contudo, não foi suficiente para manter a cotação da matéria-prima em alta durante o resto da sessão.

 

Economia dos EUA pesa no ouro

O metal precioso voltou a recuar na quarta-feira. O ouro desvalorizou 0,41% para 1.173,86 dólares por onça, sendo a quarta sessão consecutiva de perdas. A pressionar a matéria-prima está a revisão em alta do PIB dos EUA. Foi conhecido que a economia norte-americana recuou 0,2% no primeiro trimestre, quando a primeira estimativa apontava para -0,7%. Uma melhor evolução, que alimenta a perspectiva de que a Fed deverá subir os juros ainda este ano.

 

Destaques do dia

Tsipras diz que credores rejeitaram propostas gregas. Credores acusam Atenas de recuar. O primeiro-ministro grego confirmou, através do Twitter, que os credores rejeitaram as propostas apresentadas por Atenas e que substituíam outras medidas. Os credores acusam a Grécia de ter apresentado uma lista de medidas a adoptar imediatamente que não cumpre com o acordado.

 

Governo alemão diz que "ainda há um longo caminho a percorrer" até um acordo com a Grécia. O porta-voz do Ministério alemão das Finanças, Martin Jaeger, defende que os credores já fizeram concessões "excepcionalmente generosas" ao Governo grego, pelo que está do lado deles "mostrarem alguma movimentação".

 

Investimento dos novos donos pode chegar a 800 milhões na TAP. O consórcio que ganhou a privatização da TAP vai adquirir um mínimo de 53 aviões para a companhia aérea, admitindo que o reforço da frota possa ser "bem maior".

 

Comissões travam troca de obrigações da Mota-Engil. A construtora lançou uma oferta de emissão de dívida mas também de troca de títulos já emitidos. Mas só tem havido grande procura na segunda. As comissões exigidas para trocar a dívida têm afastado investidores.

 

Semapa arranca com troca por acções da Portucel em Julho. Já há data indicativa para a operação que pode acabar com a retirada da "holding" de Pedro Queiroz Pereira da Bolsa de Lisboa. Três quartos dos investidores devem aceitar a operação, ficando a faltar a aprovação dos pequenos investidores.

 

O que vai acontecer amanhã

INE. Índice de Preços da Habitação, no primeiro trimestre de 2015.

 

Cimeira Europeia. Líderes europeus iniciam reunião de dois dias, em Bruxelas.

 

EUA. Consumo privado, em Maio.

 

EUA. Novos pedidos de subsídio de desemprego, na semana terminada a 20 de Junho.
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