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Lagarde: Programa de reformas grego não pode ser só baseado em promessas fiscais

A líder do Fundo Monetário Internacional concedeu uma entrevista a uma revista francesa, que foi publicada hoje, onde assinala que o programa de reformas da Grécia não pode assentar apenas em promessas fiscais.

18 de Junho – Lagarde, após a última reunião do Eurogrupo

“Temos de restaurar o diálogo com adultos na sala”
Reuters
24 de Junho de 2015 às 17:54
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Para Christine Lagarde, directora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), o plano de reformas grego não pode estar assente apenas em promessas fiscais. Em entrevista à revista francesa Challenges, citada pela Reuters, publicada esta quarta-feira, 24 de Junho, Lagarde apontou que "não se pode construir um programa [de reformas] apenas com promessas de melhorar a cobrança de impostos como ouvimos nos últimos cinco anos com poucos resultados".

Para a líder do FMI, a recuperação económica da Grécia pode exigir não apenas reformas por parte da Grécia mas também que os credores europeus dêem alguns passos no sentido de fazer com que a dívida grega seja sustentável, escreve a Reuters. Ainda assim, o plano grego tem de ser credível, defendeu. Christine Lagarde assinalou ainda que não quer que a Grécia deixe a Zona Euro e não acredita numa "explosão" da área da moeda única.

Está agenda para as 18 horas em Lisboa um encontro dos ministros das Finanças do euro para discutirem a situação da Grécia. De acordo com as últimas informações prestadas por fonte oficial do Governo grego este encontro deverá começar mais tarde. Esta mesma fonte, citada pela Bloomberg, refere que a directora do FMI, Christine Lagarde, está a ser muito dura nas negociações.

O primeiro-ministro Alexis Tsipras já tinha avisado esta manhã que os credores rejeitaram as propostas apresentadas por Atenas na segunda-feira. O Wall Street Journal cita um documento elaborado pelos credores onde é detalhado o que está a causar o afastamento entre as duas partes.

De acordo com o jornal norte-americano, os credores não aceitam um aumento tão acentuado no IRC. O Governo pretende subir a taxa de 26% para 29%, encaixando 410 milhões de euros em 2016. Contudo, os credores querem um aumento mais suave, para 28%.

Os credores estarão também contra a introdução de uma taxa especial de 12% nos lucros das empresas acima de 500 mil euros. Uma medida que Atenas prevê que possa gerar um encaixe de 1.350 milhões de euros.

Também na reforma do IVA existem ainda diferenças substanciais. De acordo com o documento citado pelo WSJ, os credores insistem em medidas que representem um aumento de receita equivalente a 1% (a proposta grega atinge 0,74%), exigindo por isso que mais produtos e serviços (como a restauração) passem para a taxa máxima de 23%. 

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