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Espanha aprova terceiro resgate à Grécia com avisos aos "cantos de sereia" do populismo
Os deputados deram luz verde à possibilidade de os contribuintes espanhóis garantirem um novo empréstimo ao Estado grego. Só os comunistas votaram contra.
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O Parlamento espanhol deu luz verde à possibilidade de os contribuintes espanhóis garantirem um novo empréstimo ao Estado grego de até 86 mil milhões de euros, que se junta aos cerca de 200 mil milhões de euros emprestados pelos países europeus desde 2010. Só os comunistas da Esquerda Unida votaram contra.
O voto favorável (297 a favor, 20 contra e cinco abstenções) ocorreu depois de o governo ter usado a acentuada deterioração da situação na Grécia para lançar advertências sobre os "cantos de sereia" do populismo.
Ao contrário de outros países (como a Alemanha, cujo parlamento vota na quarta-feira), em Espanha não é necessária a aprovação do parlamento para que o Governo em funções possa votar favoravelmente nas instituições europeias um programa de resgate a outro país, neste caso a Grécia. A iniciativa de levar a debate no parlamento o mais recente resgate grego foi por isso interpretada pelos partidos da oposição como uma manobra eleitoralista.
O principal partido da oposição, o PSOE (socialistas), aproveitou a ocasião para anunciar uma iniciativa - em parceria com os socialistas franceses, de François Hollande - com vista a uma refundação dos princípios da moeda única, com propostas como um salário mínimo europeu, uma união fiscal e novos mecanismos de controlo da política monetária.