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Alemanha avisa Grécia que o "tempo está a esgotar-se" e Bruxelas "está preocupada" pela falta de progresso

Antes de voar até Bruxelas para a cimeira de líderes europeus, Alexis Tsipras reforçou que o seu mandato para procurar o fim da austeridade é legítimo, pois foi conferido pelo povo grego: "Não vamos recuar no que prometemos de forma a podermos respirar".

Reuters
18 de Março de 2015 às 15:16
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Com os cofres gregos a precisarem urgentemente de liquidez, Berlim considera que Atenas não se pode dar ao luxo de desperdiçar tempo.

 

"Temos a impressão [a Alemanha], e todos os que lidam com esta questão partilham esta impressão, que o tempo está a esgotar-se para a Grécia. Eles estão com problemas", declarou o ministro das Finanças alemão esta quarta-feira, 18 de Março.

 

O Governo alemão avisa que, à medida que o tempo passa, vai ser cada vez mais difícil forjar uma solução com os credores internacionais. "A preocupação é que vai ser mais difícil alcançar uma solução com as instituições", disse Wolfgang Schäuble em Berlim, citado pela Reuters e a Bloomberg.

 

O responsável pelas contas da maior economia europeia deixou também críticas à atitude da Grécia pós-assinatura da extensão dos empréstimos com os parceiros europeus a 20 de Fevereiro. "Não ajuda que, após fecharmos um acordo, não pretendam cumpri-lo", atirou.

 

Um dia antes da cimeira dos líderes europeus ter início, chegou também um recado de Bruxelas. O presidente da Comissão Europeia veio a público apelar para que a Grécia e as instituições internacionais, anteriormente conhecidas por troika, cheguem a acordo no âmbito das conversações técnicas. "Eu gostava que ambos os lados acelerem e fizessem realmente um esforço".

 

Jean-Claude Juncker também revelou a sua apreensão perante a falta de fumo branco até ao momento, uma semana após as conversações técnicas terem tido início. "Eu continuo preocupado. Eu não estou feliz com a falta de progresso nos últimos dias".

 

Antes de voar até Bruxelas, Alexis Tsipras reforçou que o seu mandato para procurar o fim da austeridade é legítimo, pois foi conferido pelo povo grego.

 

"Estamos abertos ao diálogo e a sugestões de todos, dentro e fora do país. Mas o nosso mandato popular foi explícito e pretendemos cumpri-lo", disse o primeiro-ministro esta quarta-feira no parlamento grego.

 

"Não vamos recuar no que prometemos, e do que a sociedade e a economia precisam, de forma a podermos respirar", sublinhou. 

 

Alexis Tsipras pediu ao presidente da União Europeia, Donald Tusk, para organizar um encontro com Angela Merkel, François Hollande, Mario Draghi e Jean-Claude Juncker à margem do Conselho Europeu de quinta e sexta-feira.

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