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Ao minuto30.06.2016

Não há mercado único "à la carte", avisa UE. Brexit pode provocar recessão em 2017

O Conselho Europeu pediu uma saída "ordeira" do Reino Unido e avisou que não há a opção de mercado único "à la carte". Cameron, que tem Theresa May e Boris Johnson como fortes candidatos à sua substituição na liderança do Partido Conservador, advertiu que, ao contrário do prometido pela campanha pela saída, aceder a mercado de 500 milhões de consumidores significa também aceitar imigração e pagar a Bruxelas. Leia o que de mais importante se passou esta quarta-feira em torno do Brexit.

Reuters
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30.06.2016

E por hoje é tudo

E termina aqui o acompanhamento, ao minuto, do tema que esta quarta-feira continuou a marcar a actualidade em todo o mundo: a saída do Reino Unido da União Europeia, o chamado Leave, Opt-Out (saída por opção) ou Brexit.

 

Em análise estiveram as reacções dos mercados, das empresas e das autoridades monetárias e de supervisão, sem esquecer os contextos políticos nacionais e europeu.

 

Continue a acompanhar-nos em negocios.pt.

30.06.2016

Angela Eagle concorre contra Corbyn à liderança dos Trabalhistas

Angela Eagle está a preparar-se para concorrer contra Jeremy Corbyn às rédeas do Partido Trabalhista, depois de este ter desafiado os apelos de David Cameron, Ed Miliband e Tom Watson no sentido de defender o interesse nacional, refere o The Telegraph.

 

Na noite desta quarta-feira, 29 de Junho, Tom Watson excluiu uma possível candidatura sua e criticou John McDonnell – ministro-sombra das Finanças, junto dos Trabalhistas – por ter convencido Corbyn a permanecer, descrevendo a situação como "uma grande tragédia".

 

Recorde-se que na terça-feira, 28 de Junho, o actual secretário-geral trabalhista viu o grupo parlamentar do seu partido votar por larga margem uma moção de desconfiança à sua liderança.

 

Ainda assim, Corbyn disse que não se demitiria. No entanto, está a ser discutida a eventual necessidade estatutária de um mínimo apoio parlamentar para que Jeremy Corbyn possa permanecer enquanto secretário-geral do partido.

 

Pelo meio, a imprensa britânica foi avançando que os deputados trabalhistas Tom Watson e Angel Eagle se perfilavam como eventuais sucessores. Possibilidade essa que Watson agora afastou.

30.06.2016

Theresa May e Boris Johnson apresentam candidatura

Theresa May e Boris Johnson vão anunciar esta quinta-feira a corrida à substituição de David Cameron na liderança do Partido Conservador britânico, e ambos vão reivindicar o papel de unificadores de que o Reino Unido precisa após a decisão de sair da União Europeia, avançou o The Guardian.

 

Já se fala em seis candidatos, numa lista que não tem parado de crescer, mas May e Johnson são considerados os mais fortes.

 

A secretária britânica do Interior será a primeira a apresentar a candidatura, num discurso agendado para as 09:30. Já o ex-mayor de Londres deverá fazer a sua declaração pelas 11:30, segundo o The Guardian.

A postura de consenso de Theresa May – que é frequentemente descrita como "a nova Margaret Thatcher" – levou o Sunday Times a apresentá-la, quatro dias antes do referendo, como "a única figura capaz de unir as alas rivais do Partido Conservador", refere a Exame.com. 

29.06.2016

Estónia e Malta podem assumir presidência rotativa da UE que cabe ao Reino Unido

Sem Brexit o Reino Unido assumiria a presidência semestral rotativa da UE entre Julho e Dezembro do próximo ano. Na reunião de ontem do Conselho Europeu, David Cameron comunicou aos restantes líderes europeus que teriam de esperar pela decisão que vier a ser tomada pelo seu sucessor à frente do Governo britânico sobre a possibilidade de Londres assumir, ou não, a presidência europeia.

Mas segundo o EUobserver, Malta e Estónia, que assumem primeiro e depois, respectivamente, a presidência semestral da UE, poderão assumir a responsabilidade no período que caberia ao Reino Unido.  

29.06.2016

Líderes europeus excluem alterações aos tratados para reformar UE

Os líderes europeus, que se reuniram nos últimos dois dias em Bruxelas, sendo que o encontro desta quarta-feira foi já a 27 (Cameron não participou), colocam de parte a hipótese de proceder a modificações aos tratados de forma a reformar a UE. 

Num comunicado publicado na página da Comissão Europeia, Bruxelas refere-se a um "consenso" sobre a não necessidade de alterações aos tratados ou convenções tendentes ao aprofundamento da integração europeia.

Na conferência de imprensa que se seguiu ao encontro de hoje, Jean-ClaudeJuncker, presidente da Comissão Europeia, explicou que a resposta europeia será feita através da "implementação, não de inovação".  



29.06.2016

Tom Watson esclarece que não se candidata contra Corbyn

Ao contrário do noticiado na terça-feira depois de Jeremy Corbyn, líder do Partido Trabalhista, ter perdido a moção de desconfiança apresentada pelo seu grupo parlamentar, Tom Watson garantiu esta tarde que não desafiará a liderança de Corbyn. 

Watson revelou ainda ter sugerido a Jeremy Corbyn que se demita, mas o actual líder trabalhista mostrou-se inflexível quanto à decisão de permanecer no cargo para que foi eleito em Setembro do ano passado. 

29.06.2016

Quase metade dos franceses acha que o Brexit é bom para a UE

14. França – Paris – 1,48 dólares

Os franceses estão praticamente divididos na avaliação que fazem sobre o impacto, positivo ou negativo, da saída do Reino Unido da União Europeia.

De acordo com uma sondagem levada a cabo pela estação de televisão BFM TV, 52% dos gauleses inquiridos consideram que o Brexit decidido no referendo de quinta-feira passada é mau para a União Europeia, enquanto 48% classificam o acontecimento como uma boa decisão.

No entanto, dois terços dos entrevistados referem que os líderes da União não estão à altura de lidar com a saída do Estado-membro do clube, que fica reduzido a 27 países. Entre os franceses, 55% recusam um referendo sobre a pertença à UE, contra os restantes 45% favoráveis à consulta pública. 

29.06.2016

Credit Suisse antecipa recessão de 1%. Governo previa crescimento de 2,2%

O Credit Suisse antecipa que a economia britânica entre em recessão já no próximo ano. Nos seus cálculos, o PIB deverá recuar 1%. O governo previa que a economia britânica crescesse 2% neste ano e 2,2% no próximo.

Os economistas do Credit Suisse prevêm ainda que Banco de Inglaterra seja forçado a reduzir as taxas de juro de referência dos actuais 0,5% para 0,05% e fazer mais compras de activos (Quantitative Easing) da ordem de 75 mil milhões de libras.

29.06.2016

Sturgeon determinada em encontrar uma forma de manter a Escócia na UE

"Se existir uma forma de a Escócia permanecer [na União Europeia], estou determinada em encontrá-la", garantiu a primeira-ministra escocesa Nicola Sturgeon após um encontro com o presidente do Parlamento Europeu.

29.06.2016

Bolsa de Londres recupera para níveis pré-Brexit

Com uma valorização de 3,58% - a maior na Europa - o índice Footsie 100 encerrou a sessão desta quarta-feira, 29 de Junho, com o segundo ganho consecutivo, alcançando os 6.360 pontos.

O valor fica acima dos 6.338,10 pontos com que o índice tinha encerrado a sessão de 23 de Junho, o dia do referendo que viria a ditar o Brexit, na altura com as negociações embaladas por sondagens que davam a vitória da permanência na União Europeia (cenário que não veio a concretizar-se).

No resto das principais praças europeias o sentimento foi igualmente positivo esta quarta-feira, contudo insuficiente para recuperar das perdas infligidas nas últimas sessões. Lisboa fechou a apreciar 1,87% para 4.440,02 pontos, um dos ganhos mais tímidos do velho continente. Já Wall Street registava valorizações acima de 1%.

29.06.2016

Costa de olho nas empresas que queiram abandonar o Reino Unido

O primeiro-ministro português saiu do encontro informal com os restantes 26 Estados-membros da União Europeia (UE) com "dois motivos para ficar satisfeito" com o que foi discutido. Por um lado, porque os parceiros europeus assumem que é necessário "reflectir sobre os sinais de descontentamento" com o funcionamento da UE; por outro, porque foi assumido de "forma amigável e construtiva" que o Reino Unido será sempre um parceiro. Com a saída dos britânicos "abrem-se novas perspectivas" Portugal deve "estar atento às oportunidades".

29.06.2016

Mark Carney discursa esta quinta-feira

O Banco de Inglaterra acaba de anunciar que o governador Mark Carney vai discursar esta quinta-feira, 30 de Junho, às 16:00.  

29.06.2016

Centenas de cidadãos britânicos pedem nacionalidade belga

Segundo fontes oficiais da Bélgica citadas pelas Reuters, centenas de cidadãos com nacionalidade britânica estão a requerer cidadania belga.

 

A Reuters refere que perto de 24 mil cidadãos britânicos vivem na Bélgica, a maioria dos quais em Bruxelas. 

29.06.2016

Schäuble teme efeito dominó provocado pelo Brexit

O ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schäuble, considera que os efeitos negativos provocados pela saída do Reino Unido da UE possão, provavelmente, funcionar como um "veneno" para a economia. O governante alemão alertou também para o efeito dominó para a UE que pode resultar do Brexit.

 

Numa conferência em Berlim, Schäuble disse ser a favor de maior integração do bloco europeu, mas defendeu que em certas alturas surgem outras prioridades. 

29.06.2016

Hollande também se opõe a negociações com a Escócia

O presidente francês colocou-se do lado do primeiro-ministro espanhol ao defender que a UE vai prosseguir negociações com o Reino Unido e não conversações paralelas com Londres e a Escócia. 

"As negociações vão ser conduzidas com o Reino Unido, não com uma parte do Reino Unido", disse François Hollande colocando de parte a possibilidade pretendida pela primeira-ministra escocesa, Nicola Sturgeon, de iniciar conversações com Bruxelas de forma a assegurar a permanência do país no bloco europeu.

Depois de hoje já se ter reunido com Martin Schulz, presidente do Parlamento Europeu, Sturgeon tem agendado para esta tarde um encontro com o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker.


29.06.2016

"Impacto macroeconómico em Portugal será muito reduzido"

O chefe da missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Portugal, Subir Lall, disse hoje que o impacto macroeconómico do 'Brexit' em Portugal será muito reduzido, mesmo que a procura britânica de bens e serviços abrande.

 

"O impacto macroeconómico do 'Brexit' em Portugal é muito pequeno", disse Subir Lall, à margem da apresentação do livro "Da crise à convergência: traçar um rumo para Portugal", editado por Subir Lall e Dmitry Gershenson, economista principal da equipa do FMI que está em Portugal, que decorreu na Nova School of Business and Economics (Nova SBE), no Campus de Campolide, em Lisboa.

 

O responsável admitiu contudo que no longo prazo esse impacto "vai depender da relação económica que o Reino Unido estabelecer com a União Europeia".

 

Sobre o facto do Reino Unido ser o quarto maior cliente de Portugal, o chefe da missão do FMI em Lisboa destacou de facto "o crescimento robusto" das exportações na área do turismo, mas sublinhou que no que diz respeito aos números das exportações de bens e serviços para o Reino Unido, "mesmo que haja um abrandamento da procura o impacto no Produto Interno Bruto (PIB) português será relativamente reduzido".

 

29.06.2016

Amnistia lança campanha de emergência contra raciscmo e xenofobia no Reino Unido

A Aministia Internacional (AI) anunciou hoje o lançamento de uma campanha de emergência de combate contra o racismo e a xenofobia no Reino Unido, justificada pelo aumento dos abusos com motivação racial após referendo à saída da UE.

A decisão da AI responde a um surto de queixas à polícia britânica relacionadas com crimes motivados pelo ódio racial, na sequência da vitória da opção de saída do Reino Unido da União Europeia no referendo da passada quinta-feira.

Segundo a Lusa, a AI vai ainda lançar uma investigação sobre a subida dos casos de racismo e xenofobia no Reino Unido - uma vaga de incidentes que motivou já o receio expresso das Nações Unidas -, que se propõe examinar casos de denúncias de abusos e as suas causas, incluindo os discursos políticos no âmbito da campanha do referendo, assim como da campanha para a câmara de Londres.

29.06.2016

Rajoy: "Se o Reino Unido sai...a Escócia sai também"

14 Mariano Rajoy – Espanha – 78,18 mil euros

O primeiro-ministro espanhol Mariano Rajoy opõe-se a eventuais negociações entre a União Europeia e a Escócia, que pretende permanecer dentro do bloco europeu depois de os eleitores terem escolhido o Brexit no referendo da semana passada.

 

"Quero ser muito claro. A Escócia não tem competência para negociar com a União Europeia. Espanha opõe-se a qualquer negociação por alguém que não o Governo do Reino Unido," disse Mariano Rajoy numa conferência de imprensa depois de uma reunião dos líderes europeus em Bruxelas.

 

"Eu sou extremamente contra isso, os tratados são extremamente contra isso e acredito que todo o mundo é extremamente contra isso. Se o Reino Unido sai...a Escócia sai também", acrescentou. 

29.06.2016

Cameron: Queremos a relação mais próxima possível com a UE. Imigração vai ser o tema mais difícil

Regressado a Londres, enquanto os demais líderes europeus permaneceram reunidos em Bruxelas (assim como a primeira-ministra da Escócia que quer ficar na UE), David Cameron falou no parlamento britânico onde disse que é do interesse do Reino Unido e dos demais 27 países da União construir a "relação mais forte e próxima possível".  

Mas, advertiu, para ter pleno acesso ao mercado único a melhor opção teria sido a de o Reino Unido permanecer na União. Como a opção foi a de sair é preciso ter a noção de que a regulação dos fluxos migrantes "vai ser o tema mais  difícil",  assim como a contribuição que eventualmente terá de continuar a ser paga por Londres para o orçamento comunitário.  "Devo alertar que, na óptica de muitos dos nossos parceiros, mercado único é livre circulação de pessoas mas também contribuir para o financiamento das regiões mais desfavorecidas" como contrapartida  do acesso a esses mercados.


Bombardeado de  perguntas – pode assegurar-nos que vamos continuar a ter fundos para apoiar as regiões mais desfavorecidas, como o País de Gales? Que vamos continuar a poder trabalhar lá fora? Que os nossos expatriados vão continuar a ter acesso a saúde e pensões? Que a City vai continuar a poder ser o centro financeiro mundial? Que Escócia e Gilbraltar vão permanecer no Reino Unido? – David Cameron remeteu o essencial das respostas para quem o suceder.

"Estamos a fazer o trabalho preparatório sobre as várias opções possíveis para que, quando o novo primeiro-ministro tomar posse, possa activar o artigo 50 e negociar um novo acordo com base na melhor informação possível".


Negociar um bom acordo, acrescentou,  será "desafiante, mas teremos então a oportunidade de julgar – agora no plano do concreto e não mais das hipóteses – se estamos melhor dentro ou fora da UE".

29.06.2016

Não haverá mercado único 'à la carte', garante Tusk

A saída do Reino Unido da União Europeia deve decorrer de "forma ordeira", defendeu o presidente da Conselho Europeu Donald Tusk numa conferência de imprensa conjunta com Jean-Claude Juncker em Bruxelas.

Tusk reiterou que as negociações entre a União Europeia e o Reino Unido só terão lugar quando o país activar o artigo 50, algo que ainda não aconteceu e que não deverá acontecer enquanto David Cameron for primeiro-ministro. O chefe do Governo já afirmou que quer deixar essa "tarefa" para o seu sucessor.

O presidente do Conselho Europeu alertou ainda que se o Reino Unido quiser permanecer no mercado único após a saída do bloco europeu, tem que aceitar as quatro liberdades de circulação, incluindo a de pessoas.

"Aceitar o mercado único significa aceitar as quatro liberdades de movimento, não haverá mercado único 'à la carte'", disse Tusk.

29.06.2016

Merkel: Estados-membros concordaram que não haverá alterações ao Tratado

A chanceler alemã Angela Merkel avançou que os líderes dos 27 países que querem permanecer na União Europeia concordaram, esta quarta-feira, que não haverá alterações ao Tratado e que a abordagem futura deve ser "simples e desburocratizada".

 

Em declarações após o primeiro Conselho Europeu sem o Reino Unido, a chanceler reiterou que não haverá negociações sobre a futura relação do país com a União Europeia antes de Londres accionar os procedimentos para a saída, invocando o artigo 50 do Tratado de Lisboa. 

29.06.2016

Juncker diz que Escócia ganhou o direito a ser ouvida em Bruxelas

O presidente da Comissão Europeia vai reunir-se esta tarde com a primeira-ministra escocesa, Nicola Sturgeon. Na conferência de imprensa após o Conselho Europeu, Juncker explicou que a Escócia ganhou o direito a ser ouvida em Bruxelas, mas que a União Europeia não tem a intenção de interferir no processo interno no Reino Unido.  

 

O presidente da Comissão Europeia aproveitou também para repetir que não haverá negociações sobre com o Brexit até que o Reino Unido accione o artigo 50 do Tratado Europeu. 

Juncker acrescentou que a União Europeia necessita de reformas, mas sublinhou não estar prevista qualquer alteração aos tratados. "Reconhecemos que a UE precisa de se reformar, mas não se trata de acrescentar novas reformas, mas sim de acelerar as que já estão em curso", disse Juncker, referindo-se à Agenda Estratégica já adotada.

"A opinião geral é a de que não haverá alterações aos tratados nem aprofundamentos irrefletidos da União Europeia", adiantou.

29.06.2016

UE pede "saída ordeira" do Reino Unido e promete fazer mais pelos europeus

Os líderes da União Europeia (UE) pediram ao final da manhã para que, o quanto antes, o Reino Unido active formalmente o seu pedido de retirada, para evitar que se mergulhe num período prolongado de incerteza, frisando que, de seguida, "é preciso organizar a saída do Reino Unido da UE de uma forma ordeira".

A declaração final da cimeira - que esteve esta manhã reunida a 27, tendo David Cameron já regressado a Londres - refere ainda que, ao mesmo tempo que negocia a primeira saída de um Estado-membro, a União tem de fazer mais pelos europeus dos Estados que nela permanecem inseridos. "O resultado do referendo no Reino Unido cria uma situação nova para UE. (...) Os europeus esperam que possamos fazer mais no que respeita à segurança, à prosperidade e em dar esperança num futuro melhor".

29.06.2016

Gordon Brown duvida que Corbyn continue a liderar Trabalhistas

O antigo primeiro-ministro Gordon Brown também já se juntou ao coro de críticas ao actual líder do Partido Trabalhista britânico. "Não acredito que Corbyn vá ficar. Vai sair. Sabe que o partido não tem mais confiança nele", afirmou à Sky News.


"A verdadeira questão reside em saber se decidimos ser um partido de poder e não um partido de oposição", acrescentou o membro do partido.

29.06.2016

Ed Miliband

Ed Miliband considera que a posição de Corbyn é agora "insustentável" e que o líder dos Trabalhistas deve demitir-se.

Em entrevista ao programa de notícias "World at One", da BBC, o predecessor de Corbyn admitiu que até apoia algumas das ideias do actual líder do Partido Trabalhista, mas este já perdeu o apoio dos deputados.

Miliband afirmou ainda que o país enfrenta uma crise, e que o Partido Trabalhista deve desenhar uma resposta ao Brexit. "Os objectivos de Corbyn serão mais bem servidos se ele sair", acrescentou. 

29.06.2016

Goldman Sachs e Morgan Stanley, para já, ficam em Londres

Têm-se sucedido as notícias de grandes firmas mundiais a avaliarem a possibilidade de deixarem de ter a sede em Londres devido à saída do Reino Unido da União Europeia. Contudo, o Goldman Sachs e o Morgan Stanley já vieram desmentir que esteja iminente a deslocalização da capital inglesa para Frankfurt.

 

"Não fizemos nenhuma alteração no nosso plano de expansão em Frankfurt devido ao resultado do referendo", refere o Goldman Sachs num comunicado citado pelo Financial Times, acrescentando que "como já anunciados aos nossos empregados, não há planos imediatos para alterarmos a forma como actualmente conduzimos o nosso negócio".

 

Já o Morgan Stanley negou que esteja à procura de mais escritórios em Frankfurt, como chegou a ser noticiado.

 

29.06.2016

John Kerry acredita que é possível reverter Brexit

O secretário de Estado norte-americano tem dúvidas que o Reino Unido vá mesmo abandonar a União Europeia. Em visita a Londres, John Kerry disse que o voto pela saída "pode ser revertido" de "várias maneiras".

29.06.2016

Bernie Sanders culpa aumento da desigualdade pelo Brexit

Num artigo de opinião publicado na terça-feira no New York Times, Bernie Sanders explica não ter ficado surpreendido com a vitória do Brexit no referendo britânico, notando que tal desfecho resulta do facto de muitos trabalhadores terem "sentido um declínio nos seus níveis de vida enquanto os mais ricos do seu país se tornaram muito ricos".

 

O pretendente democrata à Casa Branca que recentemente deixou subentendido que irá apoiar Hillary Clinton na Convenção do Partido Democrata acrescenta que os britânicos não são os únicos em sofrimento, porque "a economia crescentemente globalizada, estabelecida e mantida pela elite económica mundial, está a malograr pessoas em todo o lado".

 

"Pode esta rejeição face à actual face da economia global acontecer nos Estados Unidos? Sim, podem apostar que sim", conclui o senador do Vermont que pede uma "verdadeira mudança".

29.06.2016

Constâncio rejeita comparação entre o Brexit e o colapso do Lehman

O vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE) admitiu, em entrevista à CNBC, que o resultado do referendo no Reino Unido "foi uma surpresa", que provocou fortes quedas nos mercados e, a partir desta terça-feira, uma recuperação rápida.

 

"Ninguém sabe como os mercados vão evoluir mas, a julgar pelas reacções, esperamos que comecem a estabilizar", afirmou Vítor Constâncio. "Havia muitas preocupações em torno da liquidez. Se numa situação de stress haveria vendedores e compradores suficientes, se os mercados iriam funcionar. E, na verdade, funcionaram".

 

Questionado sobre a comparação feita por Alan Greenspan entre o efeito do Brexit e o da queda do Lehman Brothers, Constâncio diz que "não existe".

 

"Em termos dos desenvolvimentos do mercado, não há comparação. Na reacção ao Lehman muitos mercados bloquearam, não havia formação de preços, vendedores e compradores. Não foi o caso desta vez", constatou o vice-presidente do BCE. "Em segundo lugar, os efeitos negativos nos mercados foram maiores no caso do Lehman, desencadearam uma grande crise internacional. A reacção dos mercados até agora não justifica a comparação". 

29.06.2016

Comunidade no Reino Unido precisa de mais informação e apoio do governo português

Brexit: Comunidade no Reino Unido precisa de mais informação e apoio do governo português
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Brexit: Comunidade no Reino Unido precisa de mais informação e apoio do governo português

A comunidade portuguesa no Reino Unido precisa de mais atenção e informação das autoridades lusas sobre o que devem fazer após o voto britânico para sair da União Europeia, defende o deputado social democrata Carlos Gonçalves, em visita a Londres.

Em entrevista ao Negócios, publicada na segunda-feira, Raquel Oliveira, líder do Centro de Apoio à Comunidade Lusófona, tinha dito que "têm chovido imensos telefonemas", em particular para saberem como podem pedir o cartão de residente no Reino Unido. 


29.06.2016

Governo acompanha "com serenidade" impacto no turismo

O Governo está a acompanhar "com serenidade" as consequências da decisão do Reino Unido de sair da União Europeia, disse a secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, à Lusa, em Paris.

"Estamos a acompanhar, naturalmente, mas com serenidade", disse a governante quando questionada sobre se o Governo está preocupado com o eventual impacto do 'Brexit' no setor do turismo em Portugal.

"O turismo em Portugal continua a acontecer. Não temos qualquer reflexo negativo do 'Brexit' ainda neste momento, não há nenhuma sinalização de nenhum problema. Vamos acompanhando - claramente tem de ser acompanhado - e garantir que são encontradas as melhores soluções para salvaguardar a situação dos ingleses em Portugal", explicou Ana Mendes Godinho.

29.06.2016

Cameron pede a Corbyn para se demitir

O ainda líder do Partido Conservador, David Cameron, e o líder do Partido Trabalhista, Jeremy Corbyn, estão frente a frente na Câmara dos Comuns britânica.

Cameron pediu ao rival para apresentar a demissão, tendo em conta a crise que se instalou no seio dos Trabalhistas, que acusam Corbyn de ter sabotado a campanha pela permanência do Reino Unido na União Europeia.

"Até por ser do interesse do meu partido que ele esteja sentado ali, mas não é do interesse do meu país. Pelos céus, homem, saia", apelou o primeiro-ministro demissionário.

Antes disso, Corbyn tinha exigido a Cameron que explicasse os seus encontros em Bruxelas.

Aqui pode assistir ao debate em directo:

29.06.2016

CNN faz lista com sete cidades que podem beneficiar com o Brexit 

A cadeia televisiva CNN escolheu. São sete as cidades que podem beneficiar com a saída do Reino Unido da União Europeia, numa altura em que várias empresas do sector financeiro ponderam deslocalizar as suas sedes. Frankfurt, Luxemburgo, Paris, Dublin, Berlim, Amesterdão e Edimburgo podem ficar a ganhar com o cenário de Brexit.

29.06.2016

John Kerry

Mesmo sem Jeremy Corbyn ter abandonado a liderança dos Trabalhistas, começam a surgir nomes para substitui-lo. Depois de ter sido uma moção de censura a Corbyn, o nome de Angela Eagle surge como potencial para assumir o principal partido da oposição. Tom Watson é outro candidato falado pela imprensa britânica.

29.06.2016

Conservadores já têm seis candidatos

Boris Johnson e Theresa May são considerados os dois candidatos mais fortes a substituir David Cameron na liderança do Partido Conservador britânico, mesmo sem terem apresentado ainda a sua candidatura. Contudo a lista não pára de crescer.

 

Nicky Morgan, responsável pela pasta da Educação, admite esta quarta-feira que também se poderá juntar à corrida. Na lista contam-se os nomes de Stephen Crabb, Liam Fox e Jeremy Hunt.

 

O período de apresentação de candidaturas para disputar a liderança dos Conservadores arranca esta quarta-feira e fecha no dia seguinte.

29.06.2016

Sturgeon: “A Escócia está determinada em ficar na UE”

Nicola Sturgeon garante que a Escócia quer ficar na União Europeia, apesar do resultado do referendo da passada quinta-feira.

 

Depois de um breve encontro com o presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, a primeira-ministra disse, em declarações aos jornalistas que a "Escócia está determinada em ficar na UE".

 

Sturgeon vai reunir-se esta tarde com o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker.

 

29.06.2016

O que aconteceu esta terça-feira em 3 pontos?

1)      O primeiro-ministro demissionário David Cameron participou, pela última vez, num Conselho Europeu. O político declarou que o Reino Unido "vai abandonar a União Europeia mas não vai virar as costas à Europa". Cameron pede tempo para que a saída seja bem-feita. O novo líder dos Conservadores deverá assumir o lugar a 9 de Setembro, tendo surgido já candidatos para essa corrida. O actual ministro das Finanças George Osborne não vai disputar estas eleições. Esta terça-feira, Osborne admitiu que serão necessários aumentos de impostos e cortes na despesa para lidar com o impacto do Brexit.

 

2)      A crise do principal partido da oposição, o Partido Trabalhista, continua. Já se contam mais de quatro dezenas de demissões. O líder Jeremy Corbyn foi alvo de uma moção de censura mas não abandonou o cargo até ao momento, apesar da forte pressão nesse sentido. Os militantes acusam-no de ter sabotado a campanha pela permanência do Reino Unido na União Europeia.

 

3)      O debate no Parlamento Europeu foi marcado por acusação de parte a parte. Bruxelas insiste que a saída seja feita rapidamente, com a chanceler alemã Angela Merkel a definir a saída britânica como irreversível. O presidente da Comissão Europeia acabou mesmo por definir prazos para a activação do Artigo 50º do Tratado de Lisboa – que define o intervalo temporal para a saída – consoante o novo primeiro-ministro que venha a ser eleito pelos britânicos seja defensor da permanência ou da saída do Reino Unido da União Europeia. Jean-Claude Juncker juntou à sua agenda para esta quarta-feira um encontro com a primeira-ministra escocesa, Nicola Sturgeon, que tem vindo a defender a permanência da Escócia na União Europeia e quer agora definir um caminho próprio para o país.

29.06.2016

Xavier Bettel

Xavier Bettel, primeiro-ministro do Luxemburgo, diz que na relação do Reino Unido com a União Europeia não pode haver meio-termo. Ou estão casados ou divorciados. "Não estamos no Facebook com a opção de ‘é complicado’", afirmou, citado pelo Financial Times. 

29.06.2016

Comissária europeia sugere que, se o Reino Unido mudar de ideias, a UE dirá "por favor fiquem"

A União Europeia está "muito triste" porque percebe agora que a saída do Reino Unido "vai mesmo acontecer", afirmou a comissária europeia Margrethe Vestager em declarações à BBC Radio 4.

Questionada sobre se a União Europeia daria ouvidos ao Reino Unido se o país mudasse de ideias, a comissária respondeu: "Isto nunca foi uma questão para a União Europeia, porque temos dito o tempo todo ‘Por favor fiquem’".

"Podemos fazer um acordo com vocês onde nos sentimos em casa também? Sim. Por favor fiquem", acrescentou a responsável.

As declarações de Margrethe Vestager vão de encontro às palavras da chanceler alemã que garantiu ontem não ser possível excluir o resultado do referendo britânico. "Até esta noite, não vejo qualquer volta a dar ao voto a favor do Brexit", afirmou, citada pela Bloomberg.

29.06.2016

Vodafone avalia deixar Londres devido ao Brexit

A operadora de telecomunicações Vodafone está a ponderar deslocalizar a sua sede, actualmente fixada em Londres, devido ao Brexit. O livre "movimento de pessoas, capitais e bens" no espaço comunitário é considerado essencial para o futuro do negócio.

Tirando o Reino Unido, a União Europeia representa 55% dos lucros. A Vodafone lembra, contudo, que "ainda é cedo" para qualquer decisão.

Também a Easyjet e a Visa já admitirem a possibilidade de retirar as suas sedes do território britânico.

29.06.2016

Rupert Murdoch

Rupert Murdoch considera que a decisão dos britânicos de sair da União Europeia é "maravilhosa" e que Donald Trump é um homem "muito capaz".

Nas suas primeiras declarações públicas desde o referendo da semana passada, o proprietário de jornais como o Times, The Sun e The Wall Street Journal descreveu a saída do Reino Unido da UE como "uma fuga da prisão…estamos livres" e sugeriu que e sugeriu que um acordo comercial com os Estados Unidos não levaria muito tempo a negociar.

Visto há muito como eurocéptico, Murdoch manteve o silêncio na campanha para o referendo, enquanto o seu jornal britânico mais vendido, o The Sun, tomou uma posição anti-UE. 

29.06.2016

Bolsas, petróleo e libra continuam a recuperar dos efeitos do Brexit

As bolsas europeias estão a negociar em alta pela segunda sessão consecutiva, recuperando parte das fortes perdas registadas depois do referendo. A moeda única europeia está a negociar em alta face ao dólar, depois de ter valorizado ontem pela primeira vez em três sessões. O euro ganha 0,31% para 1,1100 dólares.

 

Também a libra está em alta, após ter recuperado quase 1% na sessão de terça-feira. A moeda britânica, que atingiu mínimos de 31 anos no arranque da semana, valoriza 0,41% para 1,3399 dólares. 


Os mercados em números

PSI-20 sobe 1,57% para 4.426,70 pontos

Stoxx 600 ganha 1,17% para 320,39 pontos

Nikkei valorizou 1,59% para 15.566,83 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos descem 7,1 pontos base para 3,074%

Euro sobe 0,31% para 1,1100 dólares

Petróleo em Londres valoriza 0,66% para 48,90 dólares o barril

29.06.2016

Juncker vai reunir-se hoje com primeira-ministra da Escócia

O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, vai reunir-se hoje, em Bruxelas, com a primeira-ministra escocesa, Nicola Sturgeon, que pretende defender o lugar da Escócia na União Europeia (UE) depois da vitória do 'Brexit'.

 

O encontro vai realizar-se às 17:00 (16:00 em Lisboa), disse Margaritis Schinas, porta-voz da Comissão Europeia na rede social Twitter.

 

A primeira-ministra escocesa anunciou na terça-feira que iria hoje a Bruxelas para se reunir com dirigentes europeus, detalhando que ia encontrar-se nomeadamente com o presidente do Parlamento Europeu, Martin Shulz, e com líderes de grupos políticos.

 

Contudo, o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, recusou encontrar-se com a primeira-ministra, considerando não ser "o momento apropriado", disse fonte do Conselho na terça-feira.

29.06.2016

27 reúnem-se para debater novo desenho da União Europeia  

Uma reunião informal inédita vai juntar esta manhã, em Bruxelas, os líderes de 27 Estados-membros da União Europeia (UE) para debater a saída do Reino Unido do seu seio, na sequência do referendo da semana passada.

 

O encontro decorrerá horas depois de o primeiro-ministro britânico, David Cameron, ter informado os seus pares do resultado da votação no seu país e defendido que caberá ao próximo Governo do país a decisão sobre os termos da saída.

 

Aos jornalistas, o britânico assumiu ter sido o seu último Conselho Europeu, no qual houve "um respeito unânime pela decisão britânica" de sair da UE, depois desta opção ter conquistado 51,9% dos votos.

 

O governante alegou ser necessário tempo para definir a desejada relação próxima entre as duas partes, uma posição que o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, disse compreender.

 

Porém, o líder do executivo comunitário avisou "não haver meses para meditar", reafirmando a necessidade da activação do artigo 50 do Tratado de Lisboa, de saída de um Estado-membro, "o mais depressa possível".

29.06.2016

arranque

Veja aqui o que aconteceu ontem e em baixo as declarações efectuadas ontem à noite pelos principais líderes europeus, após o jantar do Conselho Europeu.

Aqui o vídeo da conferência de imprensa do final do dia de terça-feira.

29.06.2016

Juncker "dá prazos" para accionar artigo 50º consoante próximo PM britânico seja um Leaver ou Remainer

22º Jean-Claude Juncker, 243 notícias - O presidente da Comissão Europeia esteve em foco nas notícias devido às sanções a Portugal e Espanha, ao Brexit e outros temas que marcaram a actualidade na Europa

O presidente da Comissão Europeia não esteve com meias medidas esta terça-feira, 28 de Junho. Houve palavras duras - perguntou aos deputados do eurocéptico Ukip o que estavam a fazer hoje de manhã no Parlamento Europeu e recusou-se a falar em inglês - e houve suavidade (deu as boas -vindas ao "amigo" Cameron à sua chegada ao conselho europeu extraordinário de dois dias, em Bruxelas).

E houve também recados. Apesar de entender o ponto de vista do ainda primeiro-ministro britânico quanto ao facto de ser preciso tempo para processar a saída do Reino Unido da UE, foi peremptório ao dizer que "não temos meses para meditar", defendendo que este Leave deve ser avançado o mais rapidamente possível. 

Mostrou, também, que a Europa a 27 pode ser mais ou menos branda consoante as circunstâncias: "Se o próximo primeiro-ministro britânico for um Leaver (defensor do Brexit), então deve accionar o artigo 50º [do tratado da UE - que regula a saída de um Estado-membro da União Europeia] no dia a seguir à sua nomeação; se for um Remainer (se era apologista de que o Reino Unido ficasse no bloco europeu, a 28), então será duas semanas depois", afirmou.

29.06.2016

Donald Tusk quer que o Reino Unido diga rapidamente o que quer fazer a seguir

O presidente do Conselho Europeu defendeu, no final da reunião desta terça-feira, que será benéfico que o Reino Unido diga o que quer fazer "tão cedo quanto possível". E antecipa que o Brexit vai reduzir "substancialmente" o crescimento económico britânico.

 

Donald Tusk compreende que o Reino Unido precisa de algum tempo antes de iniciar formalmente o processo de saída da União Europeia. Mas não pode ser muito tempo. "Os líderes europeus compreendem que é necessário algum tempo para permitir que a poeira assente no Reino Unido. Mas também esperam que as intenções do governo britânico sejam especificadas tão cedo quanto possível", declarou no final do jantar em que se discutiu o Brexit.

 

Durante o jantar, "todos reconhecemos que um processo de saída ordeira é do interesse de todos [os Estados-membros], e em especial do Reino Unido" e a aceleração do processo é uma das formas de garantir que é isso que acontece. "Esta foi uma mensagem clara que acredito que o primeiro-ministro Cameron vai levar para Londres", assinalou Donald Tusk.

29.06.2016

António Costa diz que o Reino Unido vai mesmo sair da UE

O primeiro-ministro português afirmou, à saída do Conselho Europeu, em Bruxelas, que "ninguém apresentou a hipótese de não ser respeitada a vontade do povo britânico" durante o jantar em que participaram os 28 líderes europeus.

 

A saída do Reino Unido da União Europeia vai mesmo acontecer. Pelo menos foi isso que foi transmitido por David Cameron no jantar que, esta noite, reuniu os 28 líderes europeus em Bruxelas, durante o Conselho Europeu. "Ninguém apresentou a hipótese de não ser respeitada a vontade do povo britânico", afirmou o primeiro-ministro português, à saída da última reunião que conta com a participação do chefe do Governo britânico.

 

Costa disse que durante o encontro "não houve nenhuma informação suplementar ao que já sabíamos" e que Cameron repetiu o que tem defendido. "Há um calendário mais ou menos estabelecido, o primeiro-ministro britânico entende que ele não deverá solicitar a notificação do artigo 50.º [que regula a saída de um Estado-membro da EU], e que isso deve ser feito por quem lhe suceda em Setembro ou Outubro, no congresso do Partido Conservador" britânico, acrescentou.

28.06.2016

Juncker diz que Brexit não dá "meses para meditar"

O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, defendeu esta terça-feira à noite, em Bruxelas, a necessidade de agir no processo de saída do Reino Unido da União Europeia, por "não haver meses para meditar".

 

Na conferência de imprensa após a cimeira de chefes de Estado e de Governo da UE, o responsável afirmou compreender que o primeiro-ministro britânico, David Cameron, "queira tempo para meditar porque ele defendeu a permanência" do país entre os 28.

 

"O que não percebo é que aqueles que quiseram a saída não consigam dizer-nos o que querem fazer", acrescentou Juncker, referindo que a activação do artigo 50º do Tratado de Lisboa, de saída de um Estado-membro, deve "ser feita o mais depressa possível". "Não temos meses para meditar", argumentou.

28.06.2016

Cameron: "Temos de demorar algum tempo" para a saída da UE ser "bem feita"

O primeiro-ministro britânico defendeu que o Reino Unido deve manter uma "relação forte e próxima" com a União Europeia mesmo depois de sair. E, para a saída correr bem, é preciso "demorar algum tempo" até invocar o artigo 50º do tratado da UE.

 

David Cameron defendeu que vai demorar tempo até o Reino Unido perceber qual é o caminho que quer seguir fora da União Europeia. Por isso é que a decisão de invocar o artigo 50º, iniciando formalmente o processo de saída do projecto europeu, deve ficar nas mãos do seu sucessor na liderança do governo britânico. 

Numa conferência de imprensa após o final de um jantar com os restantes Estados-membros, em Bruxelas, Cameron disse que "a visão maioritária" entre os 28 "é que temos de fazer isto bem feito; não devemos demorar muito tempo mas devemos demorar algum tempo a fazê-lo bem".

28.06.2016

Merkel convicta de que processo de saída dos britânicos será accionado

A chanceler alemã sublinhou esta terça-feira à noite, no fim do primeiro dia do conselho europeu extraordinário, que não é possível excluir o resultado do referendo britânico, mostrando-se convicta de que processo de saída dos britânicos será accionado.

"Até esta noite, não vejo qualquer volta a dar ao voto a favor do Brexit", afirmou, citada pela Bloomberg.


"Não é alturas de ilusões, mas sim de compreender a realidade", declarou Angela Merkel, acrescentando que já há inúmeras sugestões quanto ao desenvolvimento futuro da União Europeia. 

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