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John Kerry convencido que o Brexit não vai acontecer

O secretário de Estado norte-americano tem dúvidas que o Reino Unido vá mesmo abandonar a União Europeia. Em visita a Londres, John Kerry disse que o voto pela saída “pode ser revertido” de “várias maneiras”.

Larry Downing/Reuters
29 de Junho de 2016 às 12:02
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O Brexit pode, afinal, não ser irreversível. Segundo o The Guardian, o secretário de Estado norte-americano defende que há "várias maneiras" para reverter o resultado do referendo sobre a permanência do Reino Unido na União Europeia. Além disso, a "maioria" das pessoas que votaram "Leave" não faz "ideia de como sair".

 

Segundo Kerry, o primeiro-ministro David Cameron sente-se impotente para começar a negociar "algo em que não acredita" nem "faz ideia sobre como [a saída da UE] pode ser feita". Mas não está sozinho: "Já agora, nem a maioria das pessoas que votaram na saída [sabem o que fazer a seguir]". As declarações de Kerry foram proferidas num encontro em Aspen (EUA) onde também participa a directora-geral do FMI, Christine Lagarde.

 

É por isso que o secretário de Estado acredita que a decisão pode ser revertida. Para Kerry, Cameron está preocupado que o Reino Unido seja forçado a abandonar a UE no final dos dois anos de negociação sem um acordo comercial. Questionado se isso significa que a saída da organização pode ser revertida, Kerry assentiu: "Acho que há várias maneiras" de travar a saída do Reino Unido.

 

Então e quais são essas maneiras se pode travar o Brexit? "Seria um erro" ser Kerry a colocá-las em cima da mesa, mas que existem, existem.

 

Os EUA foram defensores da manutenção do Reino Unido na União Europeia. A Casa Branca chegou a dizer que, se saísse da UE, o Reino Unido iria para "o fim da fila" quando começasse a negociar os acordos comerciais. Segundo especialistas consultados pelo The Guardian, um novo acordo comercial com a UE poderá demorar entre cinco a 10 anos a ser negociado.

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