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Comissário europeu defende flexibilidade com défice português, mas admite multas

Bruxelas vê "sinais de esperança", apesar de "os objectivos claramente não terem sido cumpridos". E esse incumprimento deve ter uma "avaliação política", diz Oettinger

Bloomberg
Negócios 21 de Maio de 2016 às 17:02
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O comissário europeu da Economia defendeu este sábado, 21 de Maio, que Bruxelas deve dar mostras de flexibilidade em relação a Portugal e a Espanha, apesar do incumprimento do défice, mas advertiu que a possibilidade de sanções continua em cima da mesa.

Em entrevista ao semanário alemão Der Spiegel, Günther Oettinger (na foto), o comissário da Economia e Sociedades Digitais afirmou que nos casos de Portugal e de Espanha a Comissão Europeia vê "sinais de esperança", apesar de "os objectivos claramente não terem sido cumpridos".

"A questão do cumprimento dos critérios do pacto de estabilidade e crescimento é puramente matemática", mas as conclusões a retirar em caso de incumprimento "também devem ser avaliadas politicamente", disse.

No caso espanhol, precisou, "o país precisa de uma vez por todas de um governo operacional" e, após as eleições de junho, a Comissão "voltará a avaliar os números e extrairá as suas conclusões".

"Não queremos influenciar a campanha eleitoral. Mas as sanções continuam sobre a mesa. Espero que a Comissão volte a abordar este tema em Julho", disse.

Oettinger considerou por outro lado que França, a quem foi dada por mais do que uma vez margem para corrigir o défice, é o "teste decisivo" para a credibilidade do pacto de estabilidade.

"Estou seguro de que [o presidente da Comissão, Jean-Claude] Juncker está ciente da responsabilidade da Comissão", que "se comprometeu a que todos os países europeus cumpram os critérios de estabilidade até 2019", disse o comissário.
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