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PP vence com 28,71%, PSOE em segundo (22%), Podemos com 20,65% e Cidadãos (13,93%)
Os populares venceram as eleições sem a maioria absoluta de há quatro anos. Mas a grande vitória foi a derrota do bipartidarismo, com Podemos, Cidadãos e o próprio PSOE a proclamarem uma nova era política em Espanha.
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Com 99,64% dos votos escrutinados, confirma-se a vitória do PP nas eleições gerais espanholas com 28,71% dos votos, o que lhe garante 123 mandatos parlamentares. Os populares do primeiro-ministro a partir de agora em funções, Mariano Rajoy, ficaram porém longe dos quase 45% alcançado em 2011 que lhe permitiram governar na última legislatura com maioria absoluta.
Já o PSOE, apesar do segundo lugar obtido, registou o pior resultado eleitoral desde a transição democrática ao ficar-se pelos 22,01% dos votos, o que assegura apenas 90 deputados aos socialistas espanhóis.
Pelo seu lado, o partido liderado por Albert Rivera acabou por não confirmar as expectativas que chegaram a colocar esta partido liberal na segunda posição, acabando por ser relegado para o último lugar daqueles que doravante serão os quatro partidos centrais do panorama político espanhol. O Cidadãos teve 13,93% e elegeu 40 deputados.
Sem nenhuma força capaz de assegurar isoladamente uma solução governativa com apoio parlamentar maioritário, nem existindo nenhuma aliança natural - PP/Cidadãos; PSOE/Podemos - capaz de assegurar maioria absoluta, fica aberta a via à negociação. Até porque a única solução maioritária entre dois partidos se resume a uma grande coligação entre os actores do bipartidarismo, PP e PSOE, que foi o maior derrotado desta noite eleitoral.
Esta incerteza ficou patente na declaração de vitória de Mariano Rajoy, que depois de sublinhar que "quem ganha as eleições deve tentar formar Governo", anunciou ser agora "preciso chegar a um entendimento e eu vou tentá-lo, pelo interesse geral de Espanha".
Todavia, paira agora um clima de incerteza política em Espanha, não se sabendo quem, nem como, fará parte do próximo Executivo. Acima de tudo, há a garantia de um tempo novo na política espanhola. Este diagnóstico foi corroborado pelas restantes forças. Tanto Pedro Sánchez, do PSOE, como Pablo Iglesias, do Podemos, e ainda Albert Rivera, líder do Cidadãos, decretaram a chegada de uma nova etapa política a Espanha.
(Notícia actualizada às 23:45)