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Líder do PSOE mostra-se disponível a "dialogar e debater"

Depois de ter sido o grande derrotado da noite eleitoral, Pedro Sánchez disse estar disponível para "dialogar". Assumindo que o PSOE "não conseguiu" aquilo a que se propunha, Sánchez realçou que é o PP "a primeira força política em Espanha".

Reuters
21 de Dezembro de 2015 às 01:31
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O secretário-geral dos socialistas espanhóis reconheceu a derrota do PSOE e admitiu que o partido não alcançou o objectivo a que se propunha nestas eleições e que passava por "derrotar o PP".

 

Em reacção ao pior resultado de sempre do partido desde a transição democrática, Pedro Sánchez reconheceu que o PP continua a ser "a primeira força política em Espanha", o que parece indiciar que o líder socialista abrirá via à formação de um Executivo conservador.

 

Mas apesar da derrota, com apenas 22,01% dos votos e 90 mandatos parlamentares, Sánchez tentou encontrar pontos positivos nesta noite eleitoral. "Vimos neste campanha uma coligação de interesses que queria derrotar o PSOE, mas não conseguiram", proclamou para afiançar que os socialistas continuarão a ser um "partido ganhador".

 

Ainda assim, tal como fizera Pablo Iglesias, do Podemos, e viria a fazer minutos depois Albert Rivera, líder do Cidadãos, também Pedro Sánchez fez questão de notar que se inicia "uma nova etapa política em Espanha".

 

Mas ao invés de se referir concretamente ao fim do tradicional bipartidarismo, o líder socialista referia-se ao facto de ter ficado "para trás" a política de imposição, agora substituída por um "período de diálogo".

 

Nesse sentido, Sánchez afirmou que "o PSOE está disposto a dialogar e debater", não especificando se esta disponibilidade poderá significar a viabilização de um Governo do PP liderado por Mariano Rajoy. Ou se pode mesmo representar uma aproximação tendo em vista a criação de uma grande aliança dos partidos "tradicionais" espanhóis. Neste momento, o secretário-geral do PSOE limita-se a dizer que é tempo de "tentar formar Governo".

 

"É verdade que Espanha quer a esquerda e quer mudar", considerou Sánchez que acredita que o futuro pertencerá ao PSOE. Falta saber como.  

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