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PSOE e Cidadãos submetem "base para um acordo" de governo à votação

Depois de Pedro Sánchez e de Albert Rivera terem ontem acertado um princípio de acordo com vista à formação de um governo, hoje é a vez de os respectivos partidos se prenunciarem.

Reuters
24 de Fevereiro de 2016 às 09:32
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O líder do PSOE, Pedro Sánchez, e Albert Rivera, do Cidadãos, submetem nesta quarta-feira, 24 de Fevereiro, às cúpulas dirigentes dos seus partidos a "base para um acordo" de governo em Espanha que terão ontem alcançado.


"Estamos à porta de um pacto entre dois forças políticas relevantes, do centro-direita (Cidadãos) e do centro-esquerda (PSOE), e será uma boa base para liderar uma política de mudança", considerou ontem o secretário-geral do PSOE no Congresso dos Deputados em Madrid.


Uma vez que no decorrer da conferência de imprensa Sánchez apenas aceitou duas perguntas dos jornalistas, o líder socialista acabou por especificar já à saída que se trata de um "acordo de legislatura" e não apenas um acordo que lhe permita ter os 40 votos "Sim" do Cidadãos para a votação de investidura do presidente do Governo, agora marcada para 3 de Março.


Como o PSOE apenas elegeu 90 deputados, um eventual acordo de governo com o Cidadãos requer o "Sim" ou a abstenção do Podemos (64 deputados) ou do PP (123 assentos) para passar numa segunda votação, que já só exige maioria simples (na primeira é preciso maioria absoluta, ou seja 176 votos a favor).

"Se estas são as propostas, nós dizemos que sim", afirmou o líder socialista, insistindo depois: "Se estas são as condições, que ninguém duvide de que haverá um acordo".


Nesta quarta-feira Sánchez vai discutir os termos do eventual acordo com o Cidadãos numa reunião do Comité Executivo do PSOE, da qual sairá a pergunta que o líder socialista vai colocar, em referendo ao acordo, aos cerca de 200 mil militantes.


Sánchez não explicou, no entanto, como vai conseguir mais apoios para poder ser investido ou formar governo, por exemplo caso o Podemos se junte ao PP no "Não" ao acordo com o centro-direita. PSOE e Cidadãos somam apenas 130 votos (mesmo numa segunda votação precisam pelo menos da abstenção do Podemos ou do PP).

 

O número dois do Podemos, Íñigo Errejón, foi taxativo sobre um acordo, ainda antes de se saber que Sánchez aceitará as condições do Cidadãos: "Um acordo [do PSOE] com o Cidadãos é absolutamente irrelevante". "Não tem votos suficientes. O PSOE pode chegar a acordo com o Cidadãos ou com o [herói de banda desenhada] Capitão Trovão. Não haverá governo", explicou Errejón.


O Podemos propôs ao PSOE formar um governo de coligação, incluindo a Izquierda Unida (comunistas), mas os socialistas preferem um governo de cor única e acordos parlamentares. Ontem de manhã, o líder do Podemos, Pablo Iglesias, disse que, se seguir esta via, o PSOE vai ter de negociar o "Sim" com o PP de Mariano Rajoy, deixando no ar que votará contra.

 

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