O jornal Público noticia hoje que, entre novas normas de matrícula (que limitam a frequência destes colégios por alunos da zona) e a restrição de abertura de turmas de início de ciclo, 46% dos estabelecimentos que tenham contrato de associação e financiamento do Estado para providenciar ensino gratuito aos seus alunos serão duramente afectados em matéria de financiamento, devido às novas condições anunciadas pelo Ministério da Educação.

Estes valores partem de dados de 2011 analisados pelo Público e são um pouco menos pessimistas do que a previsão da Associação de Estabelecimentos do Ensino Particular (AEEP), que antecipa que 57% dos colégios sejam afectados, podendo até ter de fechar as portas.

A AEEP estima que as novas regras reduzam para quase metade os 45 mil alunos abrangidos pelos acordos e avisa que o encerramento desses colégios privados resultará no despedimento de 4.222 professores e outros funcionários.

Hoje, dezenas de colégios privados organizaram um protesto contra a alteração de regras. O Público recorda que em 2011 se tinha assistido a uma reacção semelhante. No entanto, como o PS perdeu as eleições, o projecto não se chegou a concretizar.