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Costa: "Há condições para que PS possa formar Governo com apoio maioritário"

António Costa considera que a coligação não tem condições para governar e por isso não vale a pena indigitar Passos Coelho como primeiro-ministro. Se isso acontecer, o PS chumbará o programa de Governo, porque há condições para o PS governar com maioria.

No final do encontro, o secretário-geral do PS defendeu que Passos Coelho não deve ser indigitado como primeiro-ministro, por não ter condições de encontrar uma solução maioritária no actual quadro parlamentar'.
Miguel Baltazar/Negócios
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O líder do PS considera que Passos Coelho não deve ser indigitado como primeiro-ministro, porque Passos Coelho "não tem condições de encontrar uma solução maioritária no actual quadro parlamentar". Mas essas condições existem do lado da esquerda. "Julgamos estarem criadas as condições para que possa existir, por parte do PS, uma solução que beneficie de apoio maioritário na Assembleia da República e que garanta estabilidade política", afiançou.

 

António Costa não foi taxativo e não disse que já existe um acordo com o PCP e o Bloco de Esquerda. Mas deixou claro que considera que Passos Coelho não deve ser indigitado primeiro-ministro, porque "há condições" para formar um Governo com apoio à esquerda. E, diz Costa, "não devemos adiar aquilo que é a solução parlamentar que pode beneficiar de maioria e assegurar estabilidade". Ou seja: não vale a pena indigitar Passos Coelho.

Questionado directamente sobre a indigitação do líder do PSD, Costa disse que transmitiu ao Presidente da República que o PS julga estarem "criadas as condições para que o PS possa formar um Governo que disponha de apoio maioritário na Assembleia da República e que disponha de condições de estabilidade no país". Dessa forma seria possível cumprir "uma mensagem insistentemente expressa pelo Presidente": quer "a importância da estabilidade, quer a importância de termos uma cultura de compromisso e diálogo político".

 

Salvaguardando que "o Presidente actuará como entender", o PS considera que "há uma solução alternativa", e "o país não ganha nada em prolongarmos no tempo uma situação de incerteza". "Quanto mais rapidamente tivermos um Governo viabilizado com maioria na Assembleia e com condições de estabilidade na sua acção governativa, melhor para o país", resumiu.

 

Passos pode cair quando apresentar o programa de Governo 

Quanto mais rapidamente tivermos um Governo viabilizado com maioria na Assembleia e com condições de estabilidade na sua acção governativa, melhor para o país.
António Costa

Nesse enquadramento, o que fará António Costa se Cavaco Silva der posse a Passos Coelho? O socialista deu a entender que derruba um Executivo de direita. "Nós não inviabilizamos um Governo se não tivermos um Governo para viabilizar", começa por dizer. O que significa isso? "Havendo um Governo para viabilizar que dispõe de apoio maioritário face a um Governo que carece da maioria do apoio parlamentar, o PS assume as suas responsabilidades, para servir Portugal, garantindo estabilidade e que a vontade eleitoral dos portugueses será cumprida".

 

À semelhança de Passos Coelho, António Costa também frisou que é importante não perder muito tempo até à tomada de posse do novo Governo. "Tivemos oportunidade de chamar a atenção" do Presidente "para não se prolongar no tempo esta situação de indefinição e agravar situações de incerteza e dúvida sobre o nosso futuro colectivo através de soluções que antecipadamente sabemos que não têm viabilidade de terem apoio parlamentar maioritário", disse Costa.

 

"Devemos ganhar tempo e contribuir para que o país encontre um rumo o mais rápido possível", rematou.


(Notícia actualizada às 17h26 com mais informação)

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