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Portas acusa Costa de "estar à procura da sua sobrevivência" política

A comitiva do CDS diz ser "evidente" que Cavaco Silva indigite Passos Coelho como primeiro-ministro e Portas salienta que os compromissos devem "manter Portugal dentro do euro" para "respeitar os sacrifícios” das pessoas.

Miguel Baltazar/Negócios
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Paulo Portas fez uma declaração curtíssima no final da reunião que teve com o Presidente da República, ao início da noite desta terça-feira. Deixou sobretudo duas ideias: que é "evidente" que Cavaco Silva deve indigitar Passos Coelho como primeiro-ministro, e que António Costa está a desrespeitar a decisão dos eleitores enquanto luta pela sua sobrevivência política. Foi essa a única pergunta dos jornalistas a que respondeu.

 

Portas foi cáustico quando confrontado com o anunciado chumbo da esquerda a um Governo de Passos Coelho. "É absolutamente extraordinário ver um líder político, à procura da sua sobrevivência, considerar o voto do povo um detalhe e o Parlamento de Portugal uma formalidade", acusou Paulo Portas. Não nomeou, mas a acusação tinha um destinatário óbvio: António Costa, que foi esta tarde apresentar a Cavaco Silva um possível Governo de esquerda.

 

Paulo Portas começou por descrever o que aconteceu no dia das legislativas. "A coligação Portugal à Frente venceu, o PS perdeu". Havia "duas candidaturas a primeiro-ministro", e a da "candidatura da coligação, Pedro Passos Coelho, ficou em primeiro". Já a do PS "ficou atrás". Para Portas, "estes são os factos simples" e "o povo português, no seu bom senso, sabe lê-los".

 

Os resultados implicaram "para todos os agentes políticos um grande sentido de responsabilidade", e foi por isso que a coligação considerou que deviam ser acertados compromissos "que mantivessem Portugal dentro do euro, do projecto europeu, do tratado orçamental". A ideia é manter a "credibilidade externa e interna" do país "para podermos respeitar os sacrifícios que as pessoas fizeram e podermos ter crescimento económico".

 

Foi por isso que a coligação procurou um acordo com o PS, lembrou. Mas, mesmo sem acordo, "parece-nos evidente que o primeiro passo a seguir neste momento é a indigitação de Pedro Passos Coelho como tendo um mandato para formar Governo. É ele o líder do maior partido da coligação".

 

"Devemos estar à altura da escolha dos portugueses", rematou.

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