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"Não está iminente" uma guerra nuclear com a Coreia do Norte

Dois altos responsáveis norte-americanos tentaram acalmar os receios sentidos em todo o mundo, que se estenderam ao desempenho das bolsas, tendo afirmado este domingo que não há que recear uma guerra nuclear com Pyongyang.

Reuters
13 de Agosto de 2017 às 20:58
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Dois responsáveis de topo do serviço de segurança nacional dos Estados Unidos tentaram dissipar os receios de uma guerra nuclear iminente entre Washington e Pyongyang, após vários dias de troca de ameaças entre as duas partes.

 

Recorde-se que, depois de um intensificar de advertências e ameaças entre os EUA e a Coreia do Norte desde a passada terça-feira, ontem Pyongyang ameaçou Washington com um ataque nuclear se tentassem derrubar o seu líder.

 

O director da Agência Central de Inteligência (CIA), Mike Pompeo, e o assessor de segurança nacional, H.R. McMaster, avançaram, em declarações separadas feitas este domingo, que essa perspectiva não se coloca de momento, refere a Bloomberg.

 

"Ouvi quem falasse que estamos à beira de uma guerra nuclear. Não tive acesso a informações que indiquem que estejamos perante esse cenário", disse Pompeo na "Fox News Sunday".

 

Por seu lado, McMaster, no programa "This Week" da ABC, declarou que "não estamos neste momento mais perto de uma guerra do que estávamos há uma semana, mas estamos mais perto de uma guerra do que estávamos há uma década".

 

Sublinhe-se que o general Joseph Dunford, que lidera o grupo de conselheiros militares de Trump, planeia reunir-se com o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, esta segunda-feira. A Coreia do Sul e os EUA realizaram no passado dia 5 de Julho ensaios conjuntos com mísseis balísticos, em resposta ao lançamento pelo regime norte-coreano de um míssil balístico intercontinental (ICBM).

 

O crescer de tensões

 

Na terça-feira ao final do dia, recorde-se, o presidente norte-americano, Donald Trump, disse que quaisquer novas ameaças de Pyongyang seriam recebidas com "fúria e fogo". Os comentários de Trump seguiram-se a um relato divulgado no The Washington Post, citando um estudo da Agência de Informações do Departamento da Defesa, de que Pyongyang desenvolveu com êxito ogivas nucleares miniaturizadas a fim de as inserir em mísseis intercontinentais.

 

Entretanto, na quarta-feira o contexto de tensão foi-se intensificando, com ambas as partes a subirem de tom nos seus avisos, tendo a Coreia do Norte ameaçado um ataque a Guam e os EUA retorquido dizendo que não acreditam numa ameaça iminente vinda de Pyongyang.

 

Na quinta-feira as advertências prosseguiram. Pyongyang avançou que dentro de dias a Coreia do Norte estará pronta para disparar quatro mísseis em direcção à ilha de Guam. Trump, em resposta, afirmou que as suas ameaças de "fogo e fúria" contra a Coreia do Norte "talvez não tenham sido suficientemente fortes".

 

Na sexta-feira, os EUA voltaram à carga e sublinharam que as soluções militares estavam "instaladas, carregadas e preparadas" para o caso de a Coreia do Norte agir de forma imprudente.

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