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Japão deixa aviso à Coreia do Norte. Pyongyang terá ataque preparado “dentro de dias”

O Japão e a Coreia do Sul ameaçaram Pyongyang com uma "forte" resposta às suas provocações. O plano de atacar Guam estará pronto "dentro de dias" e prevê o lançamento de quatro mísseis.

Reuters
Negócios 10 de Agosto de 2017 às 08:06
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Perante as ameaças da Coreia do Norte de atacar o território norte-americano de Guam, o Japão e a Coreia do Sul deixaram um aviso: se o país continuar com o seu plano, enfrentará uma "forte" resposta.

 

O ministro nipónico da Defesa, Itsunori Onodera afirmou que seria legal o Japão interceptar um míssil lançado contra Guam, enquanto um porta-voz do Estado Maior da Coreia do Sul sinalizou que as ameaças do vizinho do Norte colocam um sério desafio à estabilidade da região.

 

"Deixamos um aviso muito claro", declarou o porta-voz. "Se a Coreia do Norte concretizar estas provocações apesar do nosso aviso, enfrentará uma resposta forte das forças armadas da Coreia do Sul e da aliança dos EUA-Coreia do Sul".

 

Também o porta-voz do Governo do Japão advertiu que o país "não pode tolerar mais provocações" do regime liderado por Kim Jong-un. "Apelamos veementemente à Coreia do Norte para prestar atenção aos repetidos e sérios avisos da comunidade internacional, a cumprir as resoluções da ONU e a abster-se de outras provocações", declarou Yoshihide Suga.

 

"O presidente Trump disse que todas as opções estavam em cima da mesa", incluindo a militar, "e o Governo [nipónico] saúda essa política", acrescentou o porta-voz.

As declarações dos responsáveis dos dois países surgem depois de a Coreia do Norte ter afirmado que, dentro de dias, estará preparada para disparar quatro mísseis em direcção à ilha de Guam, no Pacífico.

Segundo a agência oficial norte-coreana KCNA, o exército daquele país "está a analisar seriamente o plano" para levar a cabo um ataque envolvendo quatro mísseis Hwasong-12, de médio alcance, em direcção a Guam para enviar "um forte sinal de advertência aos Estados Unidos".  

Os mísseis passariam sobre o sudoeste do Japão e chegariam a 30 quilómetros de Guam, um importante centro estratégico para os militares dos Estados Unidos.

O plano será finalizado "em meados de Agosto e será reportado ao comandante-chefe das forças nucleares da DPRK [República Democrática da Coreia], aguardando as suas ordens", afirmou o comandante das Forças Estratégicas norte-coreanas, Kim Rak-Gyom, referindo-se ao líder Kim Jong-un.

"Não é possível um diálogo sensato com um tipo sem razão e só a força absoluta funciona com ele", informou a agência KCNA, citando uma declaração de um general do exército coreano em resposta ao aviso de Trump de que as ameaças de Pyongyang serão recebidas com "fúria e fogo". "A acção militar que estamos a preparar será um remédio eficiente para restringir os movimentos frenéticos dos EUA na parte sul da península coreana e sua vizinhança".

Perante a crescente troca de ameaças, o secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, procurou acalmar as tensões dizendo que "os americanos deveriam dormir bem à noite". Mais tarde, o secretário da Defesa, James Mattis, avisou a Coreia do Norte que o país perderia qualquer conflito que decidisse iniciar. 

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