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China aplica sanções à Coreia do Norte

Pequim anunciou que vai aplicar as sanções aprovadas no seio da ONU já a partir desta terça-feira. Até 5 de Setembro, as compras de vários produtos a Pyongyang deverão ficar reduzidas a zero.

25º - China. Posição em 2015 (22ª)
14 de Agosto de 2017 às 10:54
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A China, principal parceiro e apoiante da economia norte-coreana, anunciou esta segunda-feira, 14 de Agosto, a suspensão das importações de ferro, chumbo e dos minérios destes dois metais e de produtos do mar da Coreia do Norte, aplicando as sanções decididas pela ONU.

Numa medida efectiva a partir desta terça-feira, 15 de Agosto, "todas as importações de carvão, ferro, minérios de ferro e de chumbo, animais aquáticos e produtos do mar [como peixes, crustáceos, conservas, moluscos, caviar e substitutos] serão interditas", anunciou o Ministério do Comércio chinês em comunicado.

As sanções devem, de acordo com a Reuters, ser aplicadas no espaço de 30 dias depois de a resolução ter sido aprovada na ONU no passado dia 6 - ou seja, até à meia-noite de 5 de Setembro, momento em que Pequim espera cessar a importação destes produtos na sua totalidade.

Os produtos que tenham chegado aos portos antes da assinatura deste despacho serão processados, esclarece a nota da Administração das Alfândegas.

As penalizações aprovadas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas na resolução 2371 são a resposta aos testes com dois mísseis balísticos intercontinentais, realizados no mês passado, ainda antes de a tensão entre EUA e Coreia do Norte se ter agravado nos últimos dias.

Às promessas de Pyongyang atacar a zona marítima ao largo da ilha de administração norte-americana de Guam com quatro mísseis (que potencialmente poderão carregar ogivas nucleares), o presidente Donald Trump afirmou que responderia com "fogo e fúria" e garantiu que os sistemas militares dos EUA estão carregados e prontos a disparar em caso de ameaça.

A Coreia do Norte arrisca perder cerca de mil milhões de dólares por ano em receitas de exportações com a aplicação destas penalizações, à volta de um terço das receitas totais de vendas de Pyongyang ao exterior. O comércio com a China representa 90% das trocas da Coreia do Norte com o estrangeiro.

Peritos citados pelo The Washington Post consideram no entanto que a pressão será insuficiente para que o regime liderado por Kim Jong-Un abandone o seu programa nuclear.

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