Notícia
China aplica sanções à Coreia do Norte
Pequim anunciou que vai aplicar as sanções aprovadas no seio da ONU já a partir desta terça-feira. Até 5 de Setembro, as compras de vários produtos a Pyongyang deverão ficar reduzidas a zero.
A China, principal parceiro e apoiante da economia norte-coreana, anunciou esta segunda-feira, 14 de Agosto, a suspensão das importações de ferro, chumbo e dos minérios destes dois metais e de produtos do mar da Coreia do Norte, aplicando as sanções decididas pela ONU.
Numa medida efectiva a partir desta terça-feira, 15 de Agosto, "todas as importações de carvão, ferro, minérios de ferro e de chumbo, animais aquáticos e produtos do mar [como peixes, crustáceos, conservas, moluscos, caviar e substitutos] serão interditas", anunciou o Ministério do Comércio chinês em comunicado.
As sanções devem, de acordo com a Reuters, ser aplicadas no espaço de 30 dias depois de a resolução ter sido aprovada na ONU no passado dia 6 - ou seja, até à meia-noite de 5 de Setembro, momento em que Pequim espera cessar a importação destes produtos na sua totalidade.
Os produtos que tenham chegado aos portos antes da assinatura deste despacho serão processados, esclarece a nota da Administração das Alfândegas.
As penalizações aprovadas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas na resolução 2371 são a resposta aos testes com dois mísseis balísticos intercontinentais, realizados no mês passado, ainda antes de a tensão entre EUA e Coreia do Norte se ter agravado nos últimos dias.
A Coreia do Norte arrisca perder cerca de mil milhões de dólares por ano em receitas de exportações com a aplicação destas penalizações, à volta de um terço das receitas totais de vendas de Pyongyang ao exterior. O comércio com a China representa 90% das trocas da Coreia do Norte com o estrangeiro.
Peritos citados pelo The Washington Post consideram no entanto que a pressão será insuficiente para que o regime liderado por Kim Jong-Un abandone o seu programa nuclear.