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Coreia do Norte desafia “fúria e fogo” de Trump com ameaça de ataque a Guam

Depois de Trump ter ameaçado responder à Coreia do Norte com "fúria e fogo", Pyongyang avisa que está a estudar um plano para atacar com mísseis o território norte-americano de Guam, no Pacífico.

Reuters
09 de Agosto de 2017 às 08:38
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A Coreia do Norte avisou esta quarta-feira, 9 de Agosto, que está a considerar levar a cabo um ataque com mísseis a Guam, um território norte-americano no Pacífico.

É a resposta do regime de Pyongyang ao aviso feito pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, horas antes, de que a Coreia do Norte enfrentará um ataque militar devastador se não parar de ameaçar o país.  

"É melhor que a Coreia do Norte não faça mais ameaças aos Estados Unidos", avisou o presidente norte-americano durante uma sessão sobre dependência de opiáceos que decorreu no seu campo de golfe em Bedminster, Nova Jérsia. "Terão como resposta fogo e fúria, como este mundo nunca viu".

Depois destas palavras, Pyongyang admitiu estar a "estudar cuidadosamente" um plano para atacar Guam, onde está instalada uma base militar dos Estados Unidos, que inclui uma base aérea e um grupo da Guarda Costeira, e onde vivem cerca de 163 mil pessoas.

Um porta-voz do exército coreano já garantiu, em comunicado, que o plano será implementado a qualquer momento, assim que o líder Kim Jong-un tome a sua decisão.


A Coreia do Norte também acusou os Estados Unidos de estarem a conceber uma "guerra preventiva" e disse, numa outra declaração, que qualquer plano para a executar terá como resposta uma "guerra total que acabará com todas as fortalezas dos inimigos, incluindo o continente americano".

Washington já havia alertado que os Estados Unidos estão preparados para usar a força, se necessário, embora o país prefira recorrer a acções diplomáticas globais – incluindo sanções – para tentar travar o desenvolvimento de arsenal nuclear por parte de Pyongyang.

Isso mesmo aconteceu no sábado, com o Conselho de Segurança da ONU a impor novas sanções àquele país asiático – sob iniciativa de Washington – que poderão custar mil milhões de dólares de receitas anuais à Coreia do Norte, restringindo transacções económicas fundamentais com a China, o seu principal aliado e parceiro económico.

Perante isto, o regime norte-coreano assegurou na segunda-feira que o endurecimento das sanções não o impedirá de continuar a desenvolver o seu arsenal nuclear, ameaçando os Estados Unidos de que os "fará pagar mil vezes o preço do seu crime".

Guam desvaloriza ameaças de Pyongyang

 

Eddie Calvo, governador de Guam, descartou o hipotético ataque com mísseis por parte de Pyongyang, garantindo, porém, que o território, situado a quase 3.500 quilómetros a sudeste da Coreia do Norte, está preparado para qualquer eventualidade.

 

"Quero tranquilizar o povo de Guam de que, actualmente, não há ameaças à nossa ilha ou à das Marianas", afirmou Eddie Calvo ao diário Pacific Daily News, citado pela Lusa.

 

O governador assegurou ainda que está em contacto com a Casa Branca, e que o nível de ameaça não foi elevado. "Um ataque ou ameaça contra Guam é um ataque ou uma ameaça contra os Estados Unidos", frisou o governador.

 

O conselheiro de Segurança Nacional da região George Charfauros, afirmou, por seu lado, ao Pacific Daily News, que o Departamento de Defesa dos Estados Unidos está a "monitorizar de perto a situação", garantindo que confia no sistema de defesa destacado para este tipo de ameaças. 


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